O leite materno possui todos nutrientes necessários para um bom desenvolvimento do bebê, além de trazer benefícios emocionais para mãe e filho
Sara Rabite
O Agosto Dourado é um mês voltado para incentivo ao aleitamento materno, levando a reflexões e ações de conscientização tanto das mães quanto de toda família. São realizadas palestras, eventos, divulgação na mídia e espaços decorados com materiais dourados, que simbolizam a luta pelo incentivo ao aleitamento. De acordo com estudos divulgados, a amamentação é capaz de salvar a vida de cerca de 13% das crianças menores de cinco anos em todo o mundo.
O leite humano é essencial na vida de um bebê e de uma criança, sendo o único alimento capaz de suprir todos nutrientes necessários para um bom desenvolvimento. O diretor clínico e obstetra Rodrigo da Rosa aponta que o aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva sem oferecer outro alimento ao bebê até os seis meses de idade. “Ele previne a anemia, alergias, obesidade e a intolerância ao glúten. Além disso, aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas”, enumera.
Ao completar seis meses de vida, pode-se inserir outros alimentos para o bebê e usar o leite materno como a alimentação complementar até os dois anos de idade ou mais, se assim mãe e criança o desejarem. Segundo Da Rosa, não existe leite fraco ou insuficiente. “O que acontece é que a maioria das mulheres pode apresentar dificuldades nos primeiros meses de amamentação”, expõe. Para solucionar esse problema, o obstetra aconselha aumentar a frequência das mamadas, a fim de que a produção do leite se intensifique; evitar o uso de chupeta e mamadeira, para não causar confusão no bebê, levando-o a não conseguir pegar na mama da forma correta e certificar se ambos estão em uma posição confortável.
A amamentação traz inúmeros benefícios, para a mãe e o bebê, além de aumentar o vínculo afetivo. De acordo com pediatra Evelyn Arrais, além dos nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudáveis, a lactação também contribuí para evitar morte infantil, diarreias, infecções respiratórias, diminui o risco de diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade, alergias, sem falar nos benefícios intelectuais e emocionais, e ainda diminui o risco de câncer de mama para a mãe.
Para a arquiteta e mãe de primeira viagem Brunna Panaino, a maior dificuldade é acordar durante a madrugada no inverno. Ela conta que, durante o período de amamentação, os seios ficam sensíveis e, para perder essa sensibilidade, recomenda lavá-los com bucha vegetal e tomar banhos de sol. “Beber muita água e ter uma boa alimentação são dicas importantes”, afirma. O médico pediatra Jair Piris recomenda evitar doces, massas refrigerantes e guloseimas em geral durante o período da amamentação para evitar cólicas nos bebês. “Alguns recém-nascidos apresentam algum grau de intolerância à proteína do leite de vaca e assim a mãe deve evitar leite de vaca e derivados também”, aconselha.
Brunna pretende amamentar seu filho, Theo, até pelo menos um ano de vida e se possível ainda continuar, devido aos inúmeros benefícios, tanto para ela, como para bebê. “É fundamental para o vínculo entre mãe e filho, e um dos melhores momentos para a mim”, ressalta.
*Foto: https://goo.gl/5XqPE1