Agressão contra professores

Segundo pesquisa de 2015, 44% dos educadores que lecionavam no Estado admitiram já ter sofrido algum tipo de agressão

Larissa Schimmak

O caso da professora de rede pública em Santa Catarina, que foi agredida por um aluno de 15 anos, reabriu um debate importante no país. Dados da pesquisa de 2015 do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP), apontam que 44% dos educadores que lecionavam no Estado admitiram já ter sofrido algum tipo de agressão.

Para Rosane Capossi, professora da rede pública em Pirassununga, no interior de São Paulo, a violência psicológica existe em sua vida desde sempre. “Faço acompanhamento com psicólogo e, hoje, uso um aparelho para controlar minha pressão”, revela a professora. Ela expõe que sofre agressões verbais e intimidações de alunos pelo menos uma vez por semana.

Segundo o advogado João Henrique Sundfeld, em caso de agressão física, se o aluno for maior de idade ele pode responder por lesão corporal e até agressão à mulher. Se for menor de idade, poderá ser recolhido em uma casa de custódia depois do devido processo legal. “Lembrando que o acesso à educação é um direito e, portanto, mesmo o aluno tendo sido violento, possui o direito de frequentar a escola”, lembra Sundfeld.

No caso da Rosana, não houve agressão física, como a professora Marcia Friggi de Santa Catarina. Mas segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa é uma experiência vivida por muitos professores brasileiros. E, além da insegurança da profissão, os professores são comprovadamente mal remunerados.

*Foto: https://goo.gl/2Jne7q

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