Devido a suspensão das atividades presenciais, a compra de eletrônicos para o uso em casa aumentou
Camylla Silva
Com o isolamento social, a rotina de consumo das pessoas mudou. O mundo corporativo foi obrigado a adotar novas medidas para que o funcionamento continuasse. Sem sair de casa, o trabalho passou a ser produzido em formato “home office”. Além do mais, reuniões que estavam programadas necessitaram de ser canceladas, ou realizadas por meio de videoconferência.
As escolas e universidades também foram obrigadas a adotar a prática do ensino a distância para não prejudicar os alunos. As aulas são realizadas por meio de plataformas educacionais. Com essa inesperada evolução e com todos em casa, até mesmo quem não é muito adepto a tecnologia, acabou se rendendo a ela.
Muitas pessoas e empresas se prepararam para transformar o ambiente de casa em um escritório. Deste modo, houve aumento na demanda do comércio eletrônico e produtos relacionados a escritório como mesas e cadeiras; mouses e teclados; computadores e notebooks; smartphones; internet em banda larga e entre outros.
Jessica Alcântara, gerente de uma das grandes lojas da Samsung em Manaus, declara que “comparando esse período com o do ano passado, eles tiveram um aumento nas vendas de quase 100%”. E ainda completa: “Sem contar que nesse mês de março as vendas de smartphones tiveram um aumento de 80%, o que também está sendo um diferencial do ano anterior”, finaliza.
Tendência para o decorrer do ano
Em uma pesquisa realizada pela Criteo, empresa global de tecnologia que fornece publicidade confiável aos profissionais, o comércio eletrônico deve continuar crescendo em 2021. Segundo o levantamento, 56% dos consumidores brasileiros pesquisados afirmam que compraram em canais de e-commerce pela primeira vez durante o pico da Covid-19, como mostra a pesquisa realizada pelo Criteo.
A perspectiva é que as vendas tendem a aumentar consideravelmente, podendo assim atingir uma massa cada vez maior de consumidores. Segundo pesquisa desenvolvida por Clinton e Gore em 1997, “a tendência é de alavancar cada vez mais com a redução dos preços dos equipamentos essenciais para o uso da Internet.” Diferentes autores alegam que as mudanças introduzidas pela adoção do comércio eletrônico são tão expressivas quanto as transformações que ocorreram durante as Revoluções Industriais.