A prática de exercícios melhora a saúde e dá sensação de bem-estar
Maria Teófilo
A falta de atividades físicas leva o ser humano ao sedentarismo. Isso faz com que a saúde do indivíduo entre em declínio e esteja suscetível ao surgimento de patologias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o sedentarismo como um problema de saúde pública, já que a condição é vista por especialistas como o mal do século.
O que o sedentarismo pode causar
Suas consequências são muitas: doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes, aumento do colesterol, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, obesidade, entre outras. Quando em níveis muitos altos, pode causar até morte súbita. No caso de Bruna Cardoso, o sedentarismo causou obesidade. Aos 17 anos, ela percebeu que não conseguia mais realizar atividades físicas como qualquer pessoa, mesmo que fosse uma simples caminhada matinal. Ela ganhou muito peso em decorrência da imobilidade. Há dois anos, Cardoso decidiu procurar ajuda, e começou um tratamento no Centro de Vida Saudável (Cevisa) em Engenheiro Coelho (SP). O início foi difícil. “Começar a fazer exercícios físicos para mim foi complicado, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Tive que ser forte e decidida, colocar na cabeça que, pra mim, seria uma mudança para melhorar a vida em geral”, lembra a jovem. Segundo a paciente, a atividade que mais teve dificuldades para executar foi a caminhada diária. Apesar da simplicidade da tarefa, Bruna acreditava que não conseguiria se movimentar novamente após seu período inerte. Hoje, com 26 anos, ela já eliminou 120 quilos desde que passou a praticar exercícios físicos. “Não me considero mais uma pessoa sedentária, pois faço atividades que nunca imaginei ser possível realizar antes, como academia, musculação, hidroginástica, caminhada… enfim, uma rotina normal”, comemora.
Exercício físico: o grande aliado
O educador físico responsável pela academia do Unasp Engenheiro Coelho, Lizeandro Strassa, explica como é difícil a mudança de hábito de alguém que é sedentário/a: “quando a pessoa recebe o sobrepeso e as atividades prescritas aqui, ela vai trabalhar parte da musculatura com uma intensidade maior do que ela é acostumada a usar diariamente, então, vai ter muitas lesões benéficas nos músculos que são rupturas das miofibrilas. Elas são partes musculares internas, e, com isso, sentirá muitas dores nos três primeiros dias”. Para que os hábitos sedentários sejam deixados de lado, as pessoas devem ter consciência de que a atividade física deve ser introduzida na rotina de forma gradativa, a fim de prevenir possíveis lesões que possam acontecer no período de adaptação.
Hevilyn Gonçalves era uma adolescente muito ativa, e fez parte do time de futsal da sua escola do Ensino Fundamental até o segundo ano do Ensino Médio. Frequentava a academia, consultava nutricionistas, mas, por ter se lesionado em uma partida, abandonou os exercícios. Logo após o ocorrido, entrou para a faculdade. Hoje, ela relata que é sedentária. “Por falta de tempo, larguei o esporte, e nunca mais pisei em uma academia mesmo tendo uma aqui”, revela. Gonçalves ainda diz que sente falta das atividades. De acordo com ela, isso ocasionou problemas físicos e psicológicos. “Fico muito tempo trancada no quarto sem ver o sol, e a falta da vitamina D no meu corpo é muito grande. O sedentarismo me prejudicou tanto na parte de percepção e atenção quanto no sono. Meu pai é educador físico e minha mãe é professora de aeróbica, então, em nome deles, preciso retornar”, conclui.
Veja alguns benefícios que a prática de exercícios físicos proporciona de acordo com o educador físico Lizeandro Strassa: