Apesar do colapso na saúde com a segunda onda da pandemia da Covid-19, serviços médicos permanecem sem redução no número de atendimentos em outras áreas da saúde
Sara Helane
Serviços hospitalares do Maranhão atendem prioritariamente os pacientes infectados com o vírus da Covid-19, entretanto, os médicos continuam sem sofrer redução no número de pacientes atendidos. A alta no número de casos de contaminação se deu devido à chegada da segunda onda no município e as zonas rurais são mais afetadas.
Um boletim epidemiológico emitido no site da prefeitura de Parnarama registrou 1.104 casos confirmados e 17 mortos pelo vírus da Covid-19 até 21 de março. No município, os serviços médicos e em outras áreas da saúde permanecem sem redução no número de atendimentos.
O acesso da população rural a esses atendimentos é limitado. Os moradores precisam ir de carro ou por meio de ambulâncias, pois os hospitais e clínicas se encontram na zona urbana do município. Francimar Cavalcante, atendente de consultório, explica que a prioridade do atendimento é destinado à população rural. Ele relata que o trabalho fica sobrecarregado pois a policlínica atende cerca de 10 comunidades do Piauí, estado vizinho ao Maranhão.
Samuel Vieira, morador de uma comunidade da zona rural, conta sobre como foi recebido em uma das clínicas: “A gente percebe que o atendimento nas outras áreas é regular e rápido, e quando você chega já é logo atendido.” Segundo o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 11.509 endereços registrados em Parnarama, 6.696 são somente na população rural, o que corresponde a pouco menos de 60% da sua população total.
Para conter o avanço da pandemia, em Parnarama, foi criado o Centro Covid-19, destinados aos pacientes infectados pelo novo Coronavírus. Além do programa, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) também prestam serviços a população do município. O uso de máscaras e álcool em gel são obrigatórios em todo Parnamara.