Renilse Cunha
Até o ano passado, 70% dos brasileiros usavam regularmente a internet. Os dados são do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). Por causa de suas múltiplas facilidades para realização de tarefas, a ferramenta já é vista como um item indispensável no dia a dia. Entretanto, é preciso ter cuidado ao navegar, pois a exposição de informações privadas do usuário é um perigo constante.
Mas, afinal, que cuidados devemos ter ao navegamos? Os riscos para quem vive conectado são vários, e o cientista da computação e gestor de TI Danilo Aguiar explica que, “em algumas situações, mais de um método é usado para prover danos ao próximo”. As vítimas de ataques cibernéticos são, na maioria, mulheres, crianças e adolescentes. A estudante de Direto Kananda Alves faz parte desse grupo. Ela já teve sua privacidade invadida por um ex-namorado. “Tive algumas redes sociais hackeadas. Ele não aceitou o fim do relacionamento, e acredito que fez isso para fazer eu me sentir mal. Fiquei muito triste e não sei como ele conseguiu, pois não tinha minhas senhas”, desabafa.
Lembra da expressão “Todo cuidado é pouco”?. Ela se aplica muito bem ao mundo virtual. É importante checar todos os conteúdos recebidos, e sempre questionar sua veracidade e segurança da fonte. Para quem está em dúvida, o programador Henrique Costa faz um alerta: “As pessoas deveriam ser mais desconfiadas com as mensagens e e-mails que recebem”. Com isso em mente, Aguiar pontua seis cuidados simples para manter a integridade de nossos dados online:
No caso de ter sido vítima de algum tipo de crime cibernético, entre em contato com a Polícia pelo telefone 190. O Brasil possui leis para punir criminosos virtuais. A primeira, promulgada em 2012, é a lei n° 12.737, conhecida como Carolina Dieckmann. Já a segunda, conhecida como Marco Civil, é a Lei n° 12.965 de 2014.