Nível de confiabilidade do consumidor brasileiro sobe

Kawanna Cordeiro

Sondagem de março feita pela Fundação Getúlio Vargas afirma que o consumidor brasileiro se sente mais confortável em fazer compras

 

A Fundação Getúlio Vargas informou que a confiança do consumidor aumentou 3,5 pontos no último mês em comparação com fevereiro. Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 85,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,4 pontos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) esse percentual representou a retomada da trajetória de alta da confiança do consumidor, que foi interrompida no ano passado. “O resultado continua sendo conduzido principalmente pela melhora das expectativas. Apesar disso, notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS, podem levar a uma alta mais consistente das variáveis que medem a situação corrente dos consumidores ao longo dos próximos meses”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor em nota oficial.

No orçamento da estudante Deborah Elioara, a pesquisa se confirma. “O comércio está favorável para compras, pelo menos para mim, porque a crise trouxe a necessidade dos comerciantes fazerem promoções”, declara. No entanto, outra parcela dos consumidores não está totalmente satisfeita. A estudante Vitória Nunes conta o porquê do descontentamento. “As coisas não estão baratas e as promoções das lojas não estão em conta em comparação com os últimos anos”, diz. Ainda segundo Vitória tudo isso é reflexo da condição econômica do país. A Sondagem do Consumidor coletou informações de mais de dois mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 a 22 de março.

Em contrapartida, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou na última quinta-feira, 30, que as vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 0,7% em janeiro ante dezembro. Comparado com janeiro de 2016 a diferença é de 7%. É o segundo mês que apresenta queda consecutiva. Seis das oito atividades pesquisadas tiveram redução, principalmente equipamentos e materiais de escritório, informática, combustíveis, livros, jornais, revistas e papelarias.

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