“Nosso Cantareira” tem liberação para desapropriação

Ronaldo Pascoal

Obras iniciadas em 2014 recebem liberação para construção de reservatório de água em Campinas

Na última quarta-feira, foi comemorado o Dia Mundial da Água. Desde 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU), dedica esse dia à discussão sobre o assunto e conscientização do mesmo, haja vista que apenas 0,8% de toda a água do planeta é potável.

Em celebração a data, a Prefeitura de Campinas liberou a desapropriação da área para a construção do reservatório de água bruta, “Nosso Cantareira”. A obra foi avaliada em aproximadamente R$350 milhões e deve ocupar um espaço de 1,6 milhão de metros quadrados. O local escolhido para a construção foi a zona rural do distrito de Sousas.

Segundo o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo, por meio de informe no site da Sanasa, disse que o reservatório tem capacidade para abastecer o município por 70 dias e a assinatura da desapropriação marca uma data histórica para Campinas. Ainda de acordo com o site, a conclusão da obra está prevista para 2020 e o montante utilizado na construção pode ser obtido em parceria. “Os recursos poderão ser obtidos por meio de uma parceria público-privada ou através de vias de crédito junto ao Ministério das Cidades”, informa.

Em entrevista a Sanasa o prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB), lembra dos desafios enfrentados na cidade em 2014, pela falta de um reservatório próprio. Apesar de ainda ser dependente do Sistema Cantareira, Donizette acredita na segurança proporcionada com a construção do reservatório. “Esse investimento garante a segurança hídrica de Campinas pelos próximos cinquenta anos”, enfatiza.

 Na época

A crise hídrica de São Paulo em 2014 foi responsável pela movimentação em prol da conscientização e preservação da água na época em grande parte do país. Nilton, munícipe em Campinas, lembra das economias realizadas e dos incentivos também feitos aos vizinhos. “Não sofri muito com a falta de água, mas até hoje mantenho os hábitos de economia”, comenta. A maior dificuldade, segundo ele, é que a maioria da população não economizou, o que prejudicou quem não tinha como manter uma reserva de água.

A gestora Susane Souza conta dos rodízios para economia realizados pela Sanasa. Segundo Susane, os cortes no abastecimento eram indicados por meio de luzes. “A luz verde indicava que o abastecimento não estava comprometido, no entanto, a população era orientada a continuar economizando”, garante.

Para outras informações sobre a data e como economizar a água, acompanhe a matéria do repórter Gabriel Buss.

 

Link da imagem: https://goo.gl/nTKeKb

 

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