A meditação proporciona às gestantes inúmeros benefícios, desde redução do estresse a equilíbrio emocional pertencentes ao período da gravidez.
Ana Júlia Alem
Especialistas em meditação e Yoga afirmam que a prática diária das técnicas promove às futuras mamães uma melhora significativa na qualidade de vida durante a gravidez e na maternidade. A realização da meditação pode beneficiá-las de diversas formas, tais como: redução de ansiedade, equilíbrio hormonal e melhor adaptação às mudanças corporais que ocorrem durante a gravidez.
A massoterapeuta, instrutora de yoga especializada em gestantes e bebês, Veena Mukti, informa que a meditação também auxilia no alívio da insônia e fadiga, na estabilização de humor e fortalecimento do sistema imunológico, além de ajudar a formar uma relação mais íntima com o bebê que está carregando.
“A meditação tem um espectro de benefícios tão amplo que o objetivo pode variar de pessoa para pessoa. Mas em geral, todas elas buscam por equilíbrio físico, mental e emocional. No caso das mães, a meditação faz com que a relação com o bebê fique mais rica”, comenta Veena.
Criadora do programa de Meditação para Crianças, Carolina Velardi, conta que além de auxiliar as mães durante a gravidez, a meditação continua beneficiando-as no período do pós-parto, onde as progenitoras passam por momentos difíceis na adaptação. A prática contínua as ajuda a reencontrar o equilíbrio físico e mental, diminui o risco de depressão pós-parto, e aumenta a atividade parassimpática do sistema nervoso (estado de relaxamento).
“Muitas mamães que acabaram de ter o bebê ainda possuem essa ‘chuva’ de hormônios, que plantam na cabeça das mães a insegurança e o medo de não dar conta. A meditação, nesse momento, traz a resiliência e tranquilidade que elas precisam”, diz Carolina.
“Pensando nisso, criamos o programa de Atenção Plena para Mamães e Bebês, que busca ser um suporte para as recém mães e seus bebês. Dentro do programa as incentivamos a estarem presentes na relação maternal, desde a amamentação até os primeiros passos”, conclui.
Luthianna Trole é mãe solo de três crianças. Ela conta que a vida era muito corrida, ela trabalhava, estudava e quando chegava em casa, tinha que cuidar do lar e dos filhos. Tudo isso, gerava um cansaço físico e emocional em Luthianna. Com isso, ela teve a ideia de criar um grupo onde ela e outras mães pudessem relaxar e conversar sobre as experiências da maternidade. Assim, surgiu o projeto “Mães que meditam”, uma comunidade onde mães e futuras mães se reúnem para enxergar além da maternidade pura e simples.
“Com o grupo, buscamos relaxar, compartilhar experiências e dicas, e, além de tudo, conversar sobre a culpa que sentimos quando não damos conta de todas as atividades do dia a dia”, pontua.
De acordo com Luthianna, as reuniões do grupo acontecem uma vez por mês. Os encontros contam com meditações guiadas, rodas de conversas e tarefas de casa, para fixarem bem o que foi conversado durante a reunião do mês.
Segundo Veena Mukti, além de encontrar um local calmo, seguro e relaxante para praticar, existem outras técnicas para tornar a meditação um hábito. Algumas sugestões, são: