Médicos e esteticistas declaram que, além de resultar em problemas alérgicos e respiratórios, a troca tardia de roupas de cama pode causar pele acneica.
Ana Júlia Alem
De acordo com uma pesquisa feita pela BBC no Reino Unido, quase metade dos homens solteiros lavam suas roupas de cama uma vez a cada quatro meses. 12% dos entrevistados alegaram que lavam seus lençóis apenas quando se lembram, o que pode significar um tempo ainda maior que quatro meses. Entretanto, médicos e esteticistas declaram que essa troca tardia da roupa de cama pode acarretar diversos problemas de saúde e na pele do indivíduo.
Alergistas e esteticistas dizem que a troca de lençóis e fronhas é imprescindível, já que durante o sono, ocorre acúmulo de bactérias, suor e ácaros. Todas essas células mortas acumuladas podem causar problemas respiratórios, como: asma, rinite, bronquite e crises alérgicas. Além de problemas respiratórios, pode resultar em mais espinhas, cravos e oleosidade.
Lívia Pieroni, médica graduada na UFMG, alergista especializada em imunologia, afirma que, em uma semana, os lençóis podem acumular mais de 1 milhão desses organismos.
“Podemos sofrer com diversos problemas pela falta da troca de roupa de cama, como: bronquite, asma, rinite, crises alérgicas, podendo causar até infecções por bactérias”, declara a médica.
Além de problemas de saúde, a troca tardia pode apresentar resultados na pele e no cabelo do indivíduo. A esteticista e cosmetóloga, Sabrina Girotto, diz que “o tempo de uso do lençol faz com que nele se acumule a oleosidade do corpo e rosto, gerando mais cravos, espinhas e tornando a pele mais oleosa. E o cabelo fica mais oleoso, também.”
De acordo com a esteticista, a troca da roupa de cama deve ser realizada ao menos uma vez na semana, para que assim, a saúde do corpo e pele permaneçam. “No inverno podemos esperar um pouco mais, trocando uma vez a cada duas semanas”, declara Sabrina.
A esteticista também afirma que quem divide a cama com o parceiro, por dobrar a quantidade de micróbios, precisa realizar trocas mais frequentes.
Segundo a médica Lívia Pieroni, além de trocar com frequência, existem cuidados essenciais para um bom proveito das peças. “Para quem tem asma ou rinite alérgica, os cuidados têm que ser dobrados. Somente assim, as famosas crises alérgicas serão evitadas”, ressalta. Algumas sugestões para evitar esses problemas, são: