Confira um pouco do que rolou na Conferência de 2022.
Cristina Levano
A terceira edição do Rio Creative Conference encheu a Cidade das Artes no Rio de Janeiro de criatividade e inovação, desde o dia 26 de abril até o domingo 1° de maio. Depois da brecha de dois anos ocasionada pela pandemia, o programa voltou com força total e com uma programação com temas diversos como ciências, tecnologia, audiovisual, música, novas mídias, sustentabilidade, entre outros.
O evento recebeu mais de 25 mil participantes e palestrantes convidados entre cientistas, profissionais de mídia, executivos, players e artistas do exterior e do Brasil. Assim como em 2019, a conferência foi dividida em três campos principais: conferência, mercado e festival. Esta edição contou com mais de 200 mesas de discussão e 1,6 mil palestras de inovação em diferentes áreas, divididas em 10 palcos separados por tópicos, com o objetivo de adquirir os novos conteúdos da programação e atender aos diversos interesses do público.
A programação também contou com diversos palcos temáticos. Conheça mais sobre eles:
O Brainscape é a ciência transformada em entretenimento. Neste espaço se apresentaram os últimos descobrimentos do cérebro e da criatividade que deixaram o público impressionado.
Steven Rehen, neurocientista e curador do Rio2c, foi um dos palestrantes. Do palco ele disse que “a proposta do Brainscape foi transformar a ciência em entretenimento, abordando questões de envelhecimento, longevidade, saúde mental, memórias e como a ciência pode se tornar uma grande diversão”.
Neste palco apresentaram-se as tendências que irão impactar o futuro. Foram palestras e debates com grandes especialistas internacionais de inovação e criatividade, dividindo espaço com renomados brasileiros do setor. E não só isso, ele também contou com a participação de artistas como Alok, Cama, Criolo, Mano Brown e Eddie Blue do Racionais.
No Future U também se explicou sobre as tendências e o futuro do trabalho, das empresas e da educação, com foco especial no idadismo, empreendedorismo, educação continuada, novas habilidades e profissões do futuro.
Na House of Brands houve um palco para todos os que tinham interesse em mergulhar no universo das marcas, conteúdo, marketing, mídia, publicidade e propaganda.
Este espaço se centrou na arte da criação, da narrativa, dos roteiros e da composição.
Aqui se aprofundaram as temáticas sobre as tendências e desafios urgentes de fatores sociais e ambientais que podem afetar o futuro do planeta. Foram apresentados temas como a agenda ESG, meio ambiente, energia, diversidade, comunidades e cidades por grandes especialistas.
O New Frontier analisa quem está por trás da tecnologia, mas também como essa mesma tecnologia impacta os seres humanos, assim como os movimentos disruptivos que mudarão o mundo como o conhecemos.
O Cyber Stage vai celebrar e dissecar a indústria de games e eSports reunindo os principais players desse universo para falar de temas como metaverso, criptomoedas, nfts, realidade aumentada, e mais.
O Screening Room debateu e encaminhou a reflexão sobre o universo do audiovisual, a partir de temas como plataformas de streaming, alternativas de financiamento e coprodução, etc.
O Sound Beats discutiu o show business da música com temas atuais e urgentes como streaming, lives, direito autoral, empresariamento, turnês e festivais.
No mercado de música, bandas e artistas procuraram formas de se apresentarem ao vivo no palco do Pitching Show, diante do público e de uma comissão formada por nomes estratégicos da indústria entre produtores, jornalistas e programadores de rádio e TV, além de uma audiência de executivos do mercado fonográfico e do show business.
Além disso, também tiveram três salas destinadas ao desenvolvimento de sessões exclusivas para os selecionados de três startups que foram apresentadas para a banca de executivos da Alelo. A sessão foi exclusiva para a empresa proponente. Uma das salas teve a participação de Bernardo Mendes, Sócio Fundador da Druid, como palestrante. Ele falou de como as marcas podem utilizar o metaverso para gerar novos negócios, compartilha alguns casos como da submarino e adidas.
Julie Wein, cantora, atriz, compositora e neurocientista brasileira, foi uma das palestrantes do evento. Ela conta que uma das coisas que mais gostou da conferência foi a pluralidade dos painéis e a diversidade dos assuntos, dentro da indústria criativa.
“Eu acho que a realização desses tipos de eventos é extremamente importante. E não só pelo cunho, principalmente pelo conteúdo muito profundo das palestras de conteúdo intelectual mesmo de alto valor e também pelos encontros que eles proporcionam”, explica a cantora.
A diretora de produção, preparadora de elenco e professora de teatro, Sheilla Martins, destaca, entre as palestras que assistiu a sala de triagem, um espaço de debate para a produção audiovisual brasileira e o Estágio Global, que proporcionou a importância da criação de conteúdo para as marcas. “O Rio2c foi um grande aprendizado. Todos os palcos foram de suma importância para conhecimento, interação e network de quem conseguiu participar”, conta a professora.
Sheilla finaliza dizendo que “foi emocionante tudo o que pude vivenciar da recepção atenciosa da equipe de credenciamento Imprensa e os andares, com uma programação repleta de convidados e palestrantes maravilhosos”.
Assim mesmo, esta foi a primeira edição que o produtor cultural, Marcelo Veni, assistiu. Ele participou do Painel Resumo Boladão do Mercado da Música, que reuniu produtores, proporcionando um bate-papo sobre criação e produção tendo a periferia no comando de alguns artistas da atual cena pop Brasileira.
“Como sou produtor, busquei naturalmente os temas de música, e absorvi conteúdo televisivo, ações sociais, de audiovisual, marketing, entre outras narrativas propostas no Rio2C. Foi um evento grande, não deu pra ver, mas estou muito satisfeito com o que tive acesso nos seis dias de programação”, disse Marcelo.
Durante os dois últimos dias, o público teve a oportunidade de vivenciar experiências imersivas com games e realidade virtual e aumentada, além de assistir os painéis sobre o futuro na criatividade no Metaverso, inovação no design thinking, jornalismo digital, novo audiovisual independente, e outros temas.
Também tiveram a apresentação da Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) que tocou no evento em comemoração aos 35 anos de patrocínio da empresa. O concerto levou o nome de “Música de Cinema” e o repertório do show inclui arranjos de músicas de filmes como Homem Aranha, Jurassic Park, Harry Potter, Star Wars, Batman.
A atriz e produtora Gabi Lopes disse nas suas redes sociais que este ano aconteceram muitas mudanças boas. “A programação deste ano foi muito incrível, teve muito mais palestras, uma ocorreu no horário da outra, tô ficando doida, e eu amo”, relata.