A síndrome foi alvo de investigações ao longo dos anos, contudo, permanece sem explicações.
Rebeca Pedromilo
A Síndrome de Havana afetou diplomatas norte-americanos da embaixada em Bogotá. Esse fenômeno foi registrado em diversos países nos últimos anos e de acordo com Iván Duque, presidente da Colômbia, os responsáveis pela investigação são as autoridades dos Estados Unidos, já que os afetados pela síndrome trabalham na embaixada norte-americana.
Em agosto, um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que estavam investigando vigorosamente os “relatos de possíveis incidentes de saúde inexplicáveis entre a comunidade da embaixada dos EUA”. Sobre a declaração, não houve resposta.
A primeira vez que se ouviu falar dessa anormalidade foi no ano de 2016, quando vários casos foram detectados em diplomatas canadenses e seus familiares, na capital cubana. Os sintomas citados eram sonolência, fadiga, enxaqueca, problemas auditivos e visuais. Alguns perderam permanentemente a audição.
Entre os afetados pela enfermidade misteriosa, no ano de 2017 estava um funcionário da CIA que relatou à revista GQ a situação. “Parecia que eu ia vomitar e desmaiar ao mesmo tempo”, afirma. Ele declara ter sido pego completamente desprevenido. No mesmo ano, em maio, 80 funcionários da embaixada foram submetidos a uma bateria de exames.
De acordo com os estudos da Academia Nacional de Ciências dos EUA, as vítimas sofreram devido a sinais eletromagnéticos de alta frequência, como os utilizados pelos microondas e roteadores de Wi-Fi. Os danos cerebrais relatados nos estudos excluíram a hipótese de histeria coletiva, por isso são investigadas as possibilidades de ataque com arma desconhecida.