Metaverso: uma nova maneira de ensinar e aprender

In Ciência e Tecnologia, Educação, Geral

Experiência em realidade aumentada promove novos métodos de ensino nas escolas.

Gustavo Montejano

O metaverso é assunto desde 2021, quando Mark Zuckerberg mudou o nome de sua empresa Facebook para Meta. No mundo, só em 2020, foram investidos 47,6 bilhões de dólares. Segundo a projeção da consultoria Emergen Research, o investimento deve chegar a  828,9 bilhões até o fim de 2028. Um dos segmentos que estão recebendo atenção é a educação. No Brasil, já temos escolas que experimentam essa tecnologia, como a Escola Fundamental La Salle Sapucaia, no Rio Grande do Sul.

Mas muitas questões devem ser resolvidas para que essa possibilidade se concretize, como um estudo do Instituto Locomotivas e da empresa de consultoria PwC revela que 33 milhões de brasileiros não têm acesso à internet. O metaverso é uma das tecnologias a serem implementadas futuramente pelas escolas de ensino básico no Brasil. Ainda não é um plano do governo, mas como todas as inovações sempre chegam em algum momento, essa também promete fazer parte da vida dos brasileiros. 

Mas o que é o metaverso?

Uma experiência virtual imersiva e interativa. De certa forma é uma evolução de jogos como “The Sims” e “Second Life”. Pode ser entendido como uma extensão de nossa vida atual em outra dimensão.

A ideia de se criar o metaverso é, se esse ambiente atrai tanto o público estudantil, por que não inserir a educação no metaverso?  O objetivo é tornar, por exemplo, a experiência de uma aula de história muito mais envolvente, podendo estar virtualmente presente em momentos históricos.

Para os especialistas, como a professora dos PPGs em Educação e em Linguística Aplicada da Unisinos, Eliane Schlemmer, é importante que o metaverso não seja apenas uma reprodução exata do ambiente que já existe, trazendo consigo os mesmos problemas. 

Atraso nas escolas

Mesmo com a Lei nº 14.172, de 10 de junho de 2021, que garante o acesso à internet para professores e alunos da educação básica pública, muitas pessoas que necessitam desses equipamentos não os receberam, de acordo com o estudo da Fundação Getúlio Vargas. 

“Mesmo que quase todos os estados tenham decidido pela transmissão via internet, apenas cerca de 15% dos estados distribuíram dispositivos e menos de 10% subsidiaram o acesso à internet”, diz o estudo.

Os investimentos em educação no Brasil em 2021 foram de R$11 bilhões de reais pelo governo federal. Um exemplo de investimento na tecnologia é a recente visita do bilionário Elon Musk ao Brasil, que iniciou uma parceria com o país para levar internet à região da Amazônia. Em sua rede social, ele afirma que pretende levar o serviço de internet via satélite da Starlink para 19 mil escolas brasileiras localizadas em áreas rurais.

Mas, conforme pesquisas, o Brasil precisa se adaptar ao básico antes que possa dar um passo rumo ao mundo totalmente novo. Muitas barreiras devem ser ultrapassadas possibilitando que todos possam ter o acesso a tecnologias. O valor desses serviços devem ficar mais acessíveis futuramente, devido a grande demanda.

 

 

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