Usuários buscam novas alternativas após instabilidades na “rede do passarinho azul”.
Helena Cardoso
Nas últimas semanas, diversas polêmicas cercaram o Twitter. Desde a compra da rede social pelo bilionário Elon Musk, houve demissões em massa, fechamento temporário de escritórios, reativação de contas anteriormente bloqueadas e a decisão de vender o “selinho azul” (de verificação) por oito dólares (medida que foi anulada poucas horas depois devido à má repercussão). Tudo isso alimentou especulações de que a plataforma deixaria de funcionar, principalmente quando a hashtag “RIPTwitter” chegou aos trending topics.
No meio de todos estes acontecimentos, os usuários começaram a procurar novos serviços com propostas similares às do Twitter. Uma das alternativas encontradas foi a rede social indiana Koo, criada em 2020 por Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka. Ela se assemelha à rede do passarinho azul por ser uma plataforma de compartilhamento de textos e imagens, com funções como as “trending hashtags” (chamadas de “trending topics” no Twitter), que mostram os assuntos mais falados do dia.
Nome viral
Foi o nome curioso do aplicativo que fez com que ele viralizasse entre os brasileiros, com memes enchendo a internet. As piadas repercutiram tanto que até as redes do Koo no Twitter entraram na brincadeira: “Koo é o som desse passarinho amarelo fofo [ícone da empresa]. Não o que vocês pensam“, em tradução livre.
Mudanças no aplicativo
A aproximação da plataforma com o Brasil pode ser percebida até na mudança do nome de usuário no Twitter, que passou de @kooindia para @koobrasil e, posteriormente, para @KooForBrasil. Além disso, outras formas de tentar agradar os brasileiros e mantê-los no aplicativo, que foi o mais baixado no país durante o último sábado (19), foram mudanças como opção de idioma português, feed cronológico e lista de criadores de conteúdo da região.
Preocupações com a segurança
Entre os novos usuários está Felipe Neto, youtuber brasileiro. Ele teve sua conta no Koo hackeada, e uma mensagem foi deixada no perfil alegando que a segurança da plataforma era fraca. Os criadores, entretanto, rebateram afirmando que a instabilidade aconteceu pelas diversas alterações, mas que os usuários podem ficar tranquilos pois a segurança já foi reforçada.
Moda não passageira
Entretanto, no início desta semana, as polêmicas do Twitter diminuíram. Mesmo assim, brasileiros que baixaram o aplicativo Koo pretendem continuar na plataforma, de acordo com relatos postados na internet. A expectativa é que a rede, que viralizou rápido, não desapareça na mesma velocidade que surgiu.
Foto: Helena Cardoso