Estudos demonstram outros fatores de medição para determinar o estado de saúde das pessoas.
Gustavo Montejano
O Índice de Massa Corporal (IMC) identifica se o indivíduo está ou não no peso ideal e, para se realizar, basta um cálculo: dividir o peso pela altura ao quadrado e em seguida comparar o resultado com uma tabela de classificação do IMC. Essa medição, segundo o Ministério da Saúde, foi criada no século 19 pelo matemático Lambert Quételet.
No entanto, este cálculo, simples e prático, não revela todos os dados importantes sobre sua saúde e em alguns casos não é tão preciso, como analisado em um estudo conduzido por pesquisadores da universidade irlandesa College Cork. A relação cintura-quadril (RCQ), com o IMC, se torna um eficiente método para identificar riscos à saúde.
Qual o objetivo do IMC e RCQ?
A nutricionista Fabiana Pedrosa explica que as duas medidas, IMC e RCQ, têm propostas diferentes e reunindo os dados obtidos é verificado os resultados com as classificações de cada tabela. ”O IMC marca, de forma geral, se o indivíduo está dentro ou fora dos padrões de normalidade relativos ao seu peso. Esse padrão leva em conta faixa etária e gênero. A RCQ verifica se existem riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo que os dois são utilizados na população adulta e classificados por gênero”, explica Fabiana.
A nutricionista ainda esclarece, que o IMC não considera algumas exceções individuais e físicas e, por conta disso, deve ser, preferencialmente, usado em população geral, para formulação de dados demonstrativos.
Existem exceções
O professor de educação física, Rafael de Azevedo, explica que o IMC é um parâmetro adotado pela OMS e existem classificações para os resultados obtidos, mas ele lembra que há exceções com relação à estrutura do corpo humano. ”Por exemplo, uma pessoa que faça academia e tenha muita massa magra (incluindo órgãos internos, líquidos, pele e músculos) pode ter um índice muito alto de IMC, pois dentro do contexto foi analisado o peso corporal total”, esclarece Rafael sobre um exemplo de exceção.
Feito o cálculo do IMC, já explicado anteriormente, basta comparar o resultado com as seguintes classificações, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde:
Menos de 16 está em magreza leve
Entre 16 e 17 está em magreza moderada
Entre 17 e 18,5 está em magreza
Entre 18 e 25 está saudável
Entre 25 e 30 está em sobrepeso
Entre 30 a 35 está em obesidade grau 1
Entre 35 a 40 está em obesidade grau 2 (severa)
Mais de 40 está em obesidade grau 3(mórbida)
O profissional em educação física, Rafael, indica a balança de bioimpedância para obter um resultado exato considerando as exceções de cada pessoa. Dependendo do resultado, procure um médico para avaliar os riscos, assim como adverte o Ministério da Saúde.