Este ano a programação abordou o tema “Humor em tempos de cólera” e apresentou mais de 350 filmes
Amilly Caroline Diniz
O 28º Festival Internacional de Curtas Metragens aconteceu dos dias 23 de agosto a 3 de setembro. As apresentações foram distribuídas em seis salas de cinema na cidade de São Paulo, sendo elas a instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Museu de Imagem e Som (MIS), o CINESESC, o Centro Cultural São Paulo, a Cinemateca Brasileira, o Espaço ITAÚ Augusta e o CINUSP Paulo Emílio.
A diretora do festival, Zita Carvalhosa, explica a escolha do tema deste ano. “Nós sempre procuramos temas que nos inspirem, e neste ano a seleção mais uma vez trouxe um retrato urgente do momento. Neste sentido, o humor seria uma forma de falar de temas difíceis e ter abertura para que estes sejam ouvidos”, aponta.
Entre os filmes apresentados teve “A Cartola Mágica”, do diretor Christyan Ritse. O curta é destinado ao público infantil, e conta com a participação dos pequenos da comunidade Resex do Rio Ouro Preto, na Amazônia. Para Ritse, o filme é uma maneira de apresentar o cinema como ferramenta de criação, estimulando a criatividade e a reflexão. “Cada fotograma leva um pouco da Amazônia para a sala de cinema. Revigora, frente à catástrofe anunciada que estamos vivendo, com desmatamento crescente e reservas sendo extintas para extração de minério”, explica.
Para a diretora, a exaltação da cultura é peça fundamental ao desenvolvimento do país. “Projetos culturais elevam e transformam a sociedade. Cria-se abertura para debater com o público jovem, e uma sessão de bons filmes de humor é garantia de sucesso”, completa. O evento é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, com apoio da Petrobras e da Sabesp.
Foto: Divulgação