Ana Clara Silveira
A Folha de S. Paulo, em parceria com a Fundação Schwab, finaliza inscrições neste domingo (12) para 15ª edição do Prêmio Empreendedor Social. O concurso que surgiu em 2005 contempla, nesse ano, inovações na área socioambiental. A intenção dos parceiros e investidores é fomentar as atividades desses líderes e empreendedores, de forma que o impacto político, social, ambiental e econômico dos projetos possa ter alcance nacional e internacional.
Além da categoria central, o prêmio viabiliza e incentiva outras classes, como: Prêmio Empreendedor Social do Futuro, cujo objetivo é destacar atuação empreendedora de jovens; e o Troféu Grão, que valoriza empreendimentos de impacto social relevante.
Além da Folha, outros empresas, organizações e ambientes têm sido criados como mecanismos de incentivo financeiro e ideológico para empreendedores sociais. Um exemplo é a Social Good Brasil Lab, organização com intuito de capacitar indivíduos por meio de imersões para gerir seus negócios de maneira criativa. Luiz Costa Neves, criador da plataforma Mãos que Ensinam e participante da imersão em 2016, lembra do evento: “Foi extraordinário. Tive oportunidade de conhecer pessoas que desejam mudar o mundo com suas iniciativas. Foram 50 temáticas incríveis, como: empoderamento feminino, energias renováveis e atendimento especializado às pessoas com deficiência. Isso resultou em três meses intensos de estudo e experiências voltadas para o meu negócio”.
O mercado tem se aberto ao movimento empreendedor com causas sociais. “O empreendedor social identifica um problema na sociedade e tenta solucionar ou contribui com a resolução dele”, explica Neves. De forma gradual, o empreendedorismo social tem ganhado mais visibilidade, assim como a motivação e interesse por essa forma de negócio tem se tornado alvo de investidores. O Governo Federal demonstrou interesse em facilitar a documentação e diminuir a burocracia por meio de possíveis mudanças na legislação, mas isso ainda não é uma medida definitiva.
O atual panorama reforça a possibilidade da criação de empreendimentos como oportunidade de se estabelecer no mercado de trabalho e criar independência financeira. Neves reforça que “este é o melhor momento para empreender. Surgiram novas tecnologias e as pessoas entendem melhor o propósito desse ramo de investimento. As notícias na TV, rádio e internet sobre novos empreendimentos reforçam os benefícios. Cada dia alguém cria algo novo”.
No entanto, Neves pondera que, para iniciar tais projetos, o indivíduo deve ter características indispensáveis, como coragem, conhecer bem seu empreendimento e público-alvo, habilidades de liderança e empatia.
Todas essas características têm sido observadas pelo concurso Empreendedor Social que já premiou iniciativas de diversos lugares do Brasil e em diversos formatos. Isso também fomenta o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento global pensados pela ONU e ratificados por vários países, incluindo o Brasil, com prazo até 2030. Muitos deles envolvem o aspecto socioambiental como discutido pela premiação deste ano.