A iniciativa do Governo Federal é um benefício criado para ajudar os taxistas a enfrentarem as suas dificuldades atuais, como o aumento do preço dos combustíveis.
Laura Rezzuto
O auxílio taxista, benefício emergencial para taxistas criado pelo Governo Federal, e que começou a ser pago no dia 16 deste mês, pelo Ministério do Trabalho e Previdência, já amenizou a dificuldade de mais de 245 mil brasileiros, apenas com a primeira parcela de R$1.000. Segundo motoristas beneficiados, o valor veio a calhar para ajudar quem tem lutado contra a crise econômica e a alta do preço do combustível, que atualmente afeta o mundo todo.
O taxista sofre com algumas dificuldades no Brasil, como a luta contra os congestionamentos, o convívio com pessoas desconhecidas e a insegurança das ruas. Outro agravante é o preço do combustível, que dificulta ainda mais o desempenho de quem escolheu trabalhar como taxista, principalmente por necessidade.
Os 245.213 motoristas que receberam esta primeira parte de liberação do Auxílio Taxista estão em 3.119 cidades brasileiras diferentes, segundo os números de prefeituras que já passaram os dados dos profissionais registrados para o governo e que estão em condição para obter o recurso.
Depósito e movimentação do auxílio
O valor da primeira parcela foi depositado na conta poupança social digital e pode ser movimentado através do aplicativo Caixa Tem, que fornece a permissão para compras online, pagamento de contas domésticas e transferência para qualquer conta bancária e banco. Porém, o recebedor do benefício precisa movimentar o dinheiro em até 90 dias após o recebimento do auxílio. Caso a ação não seja realizada, o valor retornará ao caixa da União responsável.
Para os que ainda não receberam o auxílio taxista, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, não é preciso realizar nenhum tipo de ação. A coleta de dados dos motoristas é de total responsabilidade da prefeitura de cada cidade. Para saber se o nome foi incluído na lista dos que receberão, o motorista deve consultá-la na própria prefeitura.
Os desafios do dia a dia amenizados através do auxílio
Há 15 anos, Wilton Alexandre é taxista em Maceió-AL e conta como o benefício ajudou ele e sua família. “Chegou em uma hora boa, já que nós, taxistas, trabalhamos incansavelmente e mesmo assim, não conseguimos juntar dinheiro o suficiente para as contas do mês e acabamos criando uma dívida. E agora, com esse auxílio, pelo menos eu consegui amenizar bastante a minha situação”, revela.
Mesmo com o decrescimento da pandemia e a flexibilidade das regras para comércios e serviços, trazendo assim as pessoas de volta às ruas, o taxista relata que a procura dos seus atendimentos ainda é baixa. Isso acontece, principalmente, por conta do aumento do preço da gasolina, da concorrência dos aplicativos e da quantidade reduzida de passageiros.
Wilton confirma que no momento, não só ele, mas a maior parte dos motoristas têm enfrentado dificuldades e sobrevivido através dos clientes mais antigos, que ainda utilizam os seus serviços. Isso se dá por conta do avanço da tecnologia e da chegada dos aplicativos de carona, como Uber e 99 pop. Mas graças ao auxílio liberado à ele, as contas de casa estarão em dia.
“Aqui em casa foi uma felicidade só. Algumas coisas que não tínhamos condições de comprar no supermercado há muito tempo, finalmente conseguimos trazer para casa neste mês. Se todo ano tivéssemos uma ajuda dessas, com certeza ajudaria muito a nós e nossas famílias, como foi dessa vez. Estamos torcendo pela próxima parcela”, finaliza o taxista.
Segundo uma notícia do G1, a data limite para as prefeituras enviarem os cadastros dos motoristas do município é dia 11 de setembro.