Aumento de 168,7% no preço do querosene afeta valor das passagens aéreas

In Economia, Geral
Passagens aéreas estão em alta.

Querosene de Aviação (QAV) e tarifas aéreas tem aumento significativo, prejudicando o consumidor.

Gustavo Montejano

O valor do Querosene de Aviação (QAV) acumula uma alta de 168,7% desde julho de 2019 até o mesmo mês deste ano (2022), que interfere no valor das passagens aéreas, de acordo com Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR). Esse aumento acontece devido “à volatilidade da cotação do dólar e do preço do barril de petróleo, devido à guerra na Ucrânia”, diz a assessoria de imprensa da associação.

Mesmo depois do anúncio da Petrobras de uma redução de 2,6%, em 28/07, os valores do QAV ainda estão nas alturas. “Historicamente, o querosene de aviação (QAV) responde por mais de um terço dos custos totais de uma empresa aérea e chega a ser até 40% mais caro do que a média global, influenciado pelo preço do barril do petróleo e pela precificação da Petrobras”, explica a ABEAR. 

Passagens aéreas têm aumento de 22%

Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) o preço das passagens é constituído das tarifas aéreas, que por sua vez tiveram um aumento significativo de 22%, totalizando uma média de R$682,60, em maio deste ano em comparação com o mesmo mês de 2019.

De acordo com a ANAC, há uma série de outros fatores que levam a oscilação frequente dos valores das tarifas aéreas, como:

  • a evolução dos custos;
  • a distância da linha aérea;
  • o grau de concorrência do mercado;
  • a densidade de demanda;
  • a baixa e a alta temporada;
  • as restrições de infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea;
  • a taxa de ocupação das aeronaves;
  • o horário do voo;
  • a antecedência de compra da passagem;
  • as condições contratuais para remarcação e reembolso da passagem;
  • a franquia de bagagem despachada;
  • o serviço de refeição a bordo;
  • a marcação de assentos;
  • a realização de promoções, entre outros.

Consumidores manifestam reclamações 

Os afetados por todos esses reajustes são aqueles que necessitam viajar a trabalho, turismo, etc. Sem previsões, a curto prazo, de queda nos preços, o jeito é economizar.

A artesã e diarista Clesia Silva, por exemplo, mostra indignação mediante tais circunstâncias. “Na época (dezembro de 2021) achei o preço das passagens um absurdo, mas tive que comprar. E hoje com o aumento do combustível está ainda mais difícil conseguir viajar”, relata.

O empresário e consultor Leonardo Ascimann reage aos preços das passagens e reconhece ser um momento ruim para a compra. “Quando é uma viagem a trabalho eu consigo fazer algum planejamento de datas, então tento ver promoções, tento acompanhar pelo Google flights ou por páginas promocionais e ver também se existe disponibilidade de award travel (viagem de prêmio), embora eu já saiba que nessa alta de passagens as award travel tenham se tornado uma raridade e está ficando muito difícil”, diz Leonardo.

A ABEAR faz uma recomendação para economizar na hora da compra: “se programar para comprar passagens aéreas com antecedência sempre será a melhor recomendação para quem quiser ter acesso a bilhetes com preços mais competitivos”, aconselha.

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