A dieta que busca um novo estilo de vida que visa um melhor planejamento alimentar e um equilíbrio no meio ambiente.
André Felippe Teodosio
O flexitarianismo é uma tendência desenvolvida pela nutricionista Dawn Jackson, para as pessoas que optam por uma vida mais saudável e sem o consumo de proteína animal. A nova moda chegou trazendo uma ideia para indivíduos que pretendem deixar de ter uma alimentação apenas por carnes e que pretendem aderir a uma dieta com vegetais, legumes, soja e proteína vegetal.
A nova dieta do momento é considerada como um passo antes da pessoa se tornar vegetariana, já que o indivíduo começa comendo poucas porções de carne por dia até chegar em um momento que a proteína se torna desnecessária no seu cardápio. Assim a pessoa vai deixando de comer carne pouco a pouco, para não ter problemas com a saúde por parar de vez.
Algumas pessoas passaram por essa fase antes de se tornarem vegetarianas, é o caso de Jefferson Junior. “Eu parei de comer carne porque eu queria saber se eu conseguiria parar de comer e sentir vontade, decidi não parar de comer de uma vez, pensei em cortar aos poucos, cortando carne vermelha, porém, comendo frango e peixe. Passei um ano assim e não sentia vontade de carne vermelha e então cortei todo tipo de proteína animal”, explica.
Vera Rodríguez, formada em gastronomia, acredita que esse processo é comum. “Muitas pessoas começam apenas com essa redução e, com o tempo, perdem totalmente a vontade de consumir carne. Eu acredito que é uma boa forma para quem quer virar vegetariano e acaba sempre desistindo no meio do caminho. Começar a redução aos poucos funciona bem pra muita gente”, afirma.
O flexitarianismo tem como princípio ajudar o meio ambiente e a vida animal, ajudando assim o ecossistema, como também evitar temperos e conservantes de origem animal para ter uma saúde melhor.
Diferença entre o flexitarianismo e os outros tipos de vegetarianismo
A diferença do flexitarianismo, em relação às diferentes formas de vegetarianismo, é que a dieta não elimina por completo a carne e sim existe um consumo em pequena quantidade. Conheça um pouco mais sobre as dietas:
Onivorismo: é uma dieta que consiste no seu planejamento alimentar de comidas de origem animal e vegetal sem nenhuma restrição.
Veganismo: o veganismo não se resume apenas numa dieta, mas sim um estilo de vida adotado por cortar todos os produtos de origem animal, sendo eles para o consumo alimentar ou relacionado a qualquer uso dos animais.
Vegetarianismo: essa dieta exclui todo tipo de alimentos derivados e de origem animal, alguns casos de pessoas vegetarianas continuam com o consumo de leite e ovos.
Dentro do vegetarianismo, ainda existem algumas subdivisões:
- Ovolactovegetarianismo: a dieta ovolactovegetariana é um tipo de dieta vegetariana na qual, além de alimentos vegetais é permitido comer ovos, leite e derivados.
- Lactovegetarianos – essa dieta consiste em deixar a carne de forma da alimentação, porém, continuam com o consumo de ovo e leite.
- Ovovegetarianismo: as pessoas que mantêm essa dieta excluem a carne, mas continuam a comer ovos e derivados.
A gastrônoma Vera Rodríguez relata benefícios para a saúde em manter essa dieta. “Com a dieta flexitariana, normalmente se aumenta a variedade de vegetais que consumimos, tornando a alimentação mais rica em nutrientes. Os flexitarianos dão preferência também para carnes brancas (quando são consumidas), que são mais leves, têm menos gordura e têm digestão mais fácil”, explica.
Isso se reflete numa digestão mais tranquila, no aumento da ingestão de vitaminas e nutrientes dos vegetais. Normalmente os flexitarianos consomem carne em dias variados e em quantidades moderadas. Isso também é bom para o planeta, já que a pecuária é uma das grandes responsáveis por desmatamento, queimadas e crueldade com animais.