Em reunião ministerial, Presidente da República diz que nenhuma ‘genialidade’ deve ser emitida sem o consentimento da Casa Civil.
Pamela Piassa
Lula fez uma reunião ministerial, na manhã desta terça-feira (14), pedindo para que seus liderados não prometessem nada que mais tarde não pudesse ser cumprido. Lula também deixou claro que os ministros não devem individualizar as ações, pois é necessário manter a “unidade e coesão” dentro do governo.
Segundo as palavras de Lula, qualquer “genialidade” que algum dos ministros tenha, deve primeiro ser apresentada para a Casa Civil. Esse ministério vai discutir com a presidência da república para que o governo chegue em um consenso da proposta.
No fim de semana, Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, havia anunciado que o governo federal pretende emitir o programa Voa, Brasil. Esse projeto tem o objetivo de reduzir os preços das passagens aéreas no país, com o custo previsto de R$200 por trecho voado.
O benefício atingiria os estudantes do (FIES), programa do Ministério da Educação, pensionistas da Previdência Social, aposentados e servidores públicos nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) com salários de até R$6,8 mil. “Não era justo fazer essa passagem para os executivos que têm condição de pagar preços maiores”, afirmou o ministro.
Posicionamento das empresas aéreas
Gol e Azul, duas das principais companhias aéreas do Brasil, já aderiram ao programa. Segundo Fabio Campos, diretor de relações institucionais da Azul, as passagens aéreas do programa ‘Voa, Brasil’, não deixarão as outras mais caras.
“Elas (as empresas) estão formatando as ideias de como vão propor isso. Pelo menos duas já toparam e tenho certeza também que a Latam vai topar”, afirmou o ministro Márcio França.
Em esclarecimento, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) diz que está acompanhando a proposta do governo e tem se colocado à disposição para contribuir no debate.