Entre os objetivos, estão ensinar conceitos de cidadania, ética, honestidade, respeito e contribuir para a formação de caráter
Maria Teófilo
Em 03 de fevereirol, foi aberto ao público o polo coelhense do projeto TopSevenKids. A iniciativa não conta com apoio governamental, e oferece diversas atividades ao público infanto-juvenil. Duas Organizações Não Governamentais (ONGs) se uniram a fim de oferecer os serviços: Núcleo Artesanal e Promocional “O Pequeno mundo de Ellen”, idealizada por Carmem Alonso de Castro Gomes e Saulo Miguel Fernandes, e o Instituto Ben’s de Desenvolvimento Humano, coordenado por Benivaldo Ramos Ferreira Junior.
O projeto tem como objetivo ocupar o tempo ocioso da criança fora do período escolar. O horário de funcionamento é às segundas e quartas-feiras pela manhã (8h-11h) e tarde (14h-17h) para adolescentes (11-17 anos), e terça e quinta-feira (mesmos horários) para as crianças (6-10 anos). A ONG está localizada na Rua Três, nº 56, do Bairro Universitário em Engenheiro Coelho. Das 200 vagas, somente 80 foram preenchidas até o momento. O telefone para contato é (19) 3199-9743. O cadastro deve ser efetuado pelos pais ou responsáveis com os seguintes documentos:
- RG e CPF caso a criança tenha
- Certidão de nascimento
- Carteirinha do SUS
- Comprovante de endereço
- RG e CPF dos pais/responsável e se possível foto ¾
“O Pequeno mundo de Ellen” já trabalha com tais projetos desde 1992 na cidade de São Paulo. Já o Instituto Ben’s é o atual patrocinador da ação, e trabalha na área social no Rio de Janeiro. Fernandes conhecia Ferreira, do Instituto Ben’s. Ele foi apresentado à Carmem. Disso nasceu a parceria que resultou na criação do TopSevenKids. A diretora do projeto, Taise de Castro Ribeiro, conta que, embora contem com o auxílio das ONGs, é necessário buscar novas fontes de investimento. “Vamos tentar [conseguir o auxílio d]o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, mas, para isso, teremos que ter um tempo de receita e de funcionamento”, explica. Taise reforça que as crianças serão instruídas e encorajadas a possuírem uma melhor autoestima, além de aprenderem a lidar com o bullying. Atualmente, cada organização tem seu papel no programa: “O Pequeno Mundo de Ellen” entrou com a mão de obra, proporcionando um ambiente familiar para os atendidos; enquanto o investimento foi feito pelo Instituto Ben’s. O local conta com sala de musicalização, jogos lúdicos, informática, artesanato, biblioteca, cozinha que ainda está em obra e espaço para horta. Até agora, o TopSevenKids conta apenas com funcionários/as, mas as portas estão abertas para o voluntariado.
Ensinos para a vida
Natália Caetano é mãe de Guilherme, de seis anos. A família morava no Rio de Janeiro, e se mudou há um mês para Engenheiro Coelho. Ela conheceu o programa através do Facebook, e, logo após sua instalação no Bairro Universitário, matriculou o filho. “Acho muito válido porque ajuda no desenvolvimento cognitivo, inclusão digital, também tem noção do desenvolvimento sustentável porque está sempre em contato com a horta e todas as outras atividades. Sem dúvidas indico o programa para todos”, frisa.
Os amigos João Vitor e Diego Souza se conheceram no projeto, e gostam muito das atividades exercidas. Suas favoritas são as aulas de Informática, Artes e Ecologia. Além disso, adoram as jabuticabas do local. “Eu fico doido [para] que chegue terça-feira. Conto nos dedos porque eu adoro esse lugar! Chego da escola correndo, falo “oi” com minha mãe e já venho. Fui convidado para conhecer o lugar pelo meu amigo Lucas, e desde então não saí”, enaltece o menino Diego. As meninas também gostam, e Fernanda Sales, Rebeca Afonso e Stefany Grangeiro – todas com 10 anos – dizem amar as aulas de Informática. Elas já aprenderam a digitar corretamente sem olhar para o teclado. Stefany também gosta das aulas de Civismo e Cidadania. “Eu amo aprender sobre leis e direitos”, afirma. O professor de Educação Física Josué Corrêa, que também é monitor e dá aulas de Cidadania, Religião e Civismo, analisa que o programa ensina valores indispensáveis às crianças. “Todas as oficinas que já começaram e também as que vão iniciar ensinam coisas úteis, de maneira que elas poderão exigir mais tarde seus direitos”, completa.