Desastre deixa mais de 42.310 mortos na região turca segundo dados do site da Agência de Desastres Naturais da Turquia (Afad).
Julia Viana
O terremoto que aconteceu no dia 06 de fevereiro, na Turquia, deixou mais de 42.310 mortos, provocando muitas cenas de pânico no país. Imagens dos jornais locais e das redes sociais mostram o quão caótica foi toda situação, pessoas apavoradas nas ruas em meio a neve, observando e vasculhando os escombros.
Segundo a avaliação feita pelo investigador do Serviço Geológico Britânico, Roger Musson, as cidades não estavam preparadas para o fenômeno porque a região que foi atingida não sofreu um terremoto com escala de magnitude maior que 7 há mais de 200 anos.
Musson, segundo o site do Correio Braziliense, diz que “os métodos de construção não eram realmente adequados para uma área propensa a grandes terremotos”, destacando que a Turquia é uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.
Um terremoto devastador
Alguns fatores primordiais contribuíram para que grande parte do território turco fosse devastado. A grande quantidade de mortos e feridos se deve pelo alto grau de letalidade do terremoto que atingiu a magnitude de 7,8, tendo em vista que seu epicentro foi localizado no distrito de Pazarcik.
Antáquia, a antiga Antioquia, foi uma das províncias que ficou devastada pela tragédia e que não sobrou nenhum edifício. Os que não desabaram completamente estão bem danificados, o que traz perigo para habitar no local.
Segundo o portal G1 notícias, o tremor mais forte registrado antes do atual ocorreu em 1939 com epicentro localizado em Erzincan, na Turquia, com magnitude de 7,8. Esse desastre deixou mais de 32 mil mortos e também provocou um tsunami no Mar Negro.
Ação dos voluntários
Logo após o desastre chegaram ao local vários voluntários de ajuda internacional e militares que são especialistas na questão do resgate de sobrevivência. Um voluntário que está acompanhando toda a situação relata que os militares chegaram com maquinário adequado para ajudar no resgate de sobrevivência.
“Voluntários normais não são autorizados a trabalhar nisso porque é uma atividade de risco, é uma atividade que precisa ter um expertise naquilo para saber o que está fazendo para não piorar a situação”, cita o voluntário. No entanto, esses voluntários estão atuando na distribuição de alimentos, cobertores, geradores de energia, itens de higiene, roupas e outros.
Os sobreviventes do terremoto em sua grande maioria saíram da região afetada e foram deslocados para outras áreas da Turquia, sendo amparados pelas cidades menos afetadas e igrejas locais. Empresas de ônibus transportaram e de avião fizeram voos grátis por uma semana para trazer todos os sobreviventes, para que eles pudessem se realocar.
Como posso ajudar?
Campanhas de ajuda humanitária foram abertas para auxiliar no trabalho das organizações internacionais nas regiões afetadas. O portal da Unicef está ajudando as crianças afetadas pelo terremoto que devastou o país. Afad (agência de desastres naturais da Turquia), é o órgão do governo responsável pela resposta a desastres naturais e emergências no país. Acnur, é a agência da ONU para refugiados que está distribuindo roupas de inverno, colchonetes e colchões, cobertores térmicos e outro. A ADRA Internacional disponibiliza uma forma de doação para ajudar as vítimas deste e de muitos outros desastres.