Trabalhar na Disney oferece oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal.
Isabella Maciel
Já imaginou trabalhar no “lugar mais feliz do mundo”? Muitas pessoas têm o sonho de ir para a Disney passear com a família, e tem vezes que a paixão ultrapassa uma simples viagem de duas semanas. O Walt Disney World International College Program (ICP), é um programa de estágio internacional que a Disney oferece para estudantes universitários de todo o mundo com o intuito de fazer parte do Cast Members durante as férias.
A empresa investe em treinamento e desenvolvimento de habilidades, o que pode ser de interesse para futuras oportunidades de emprego. Além disso, a atmosfera multicultural da Disney oferece a chance de interagir com pessoas de diferentes origens e culturas, enriquecendo a compreensão e as habilidades de comunicação dos cast members.
Para fazer parte do programa é preciso estar matriculado em um curso do ensino superior reconhecido pelo MEC, com no mínimo quatro anos de duração, ter inglês intermediário, ser extrovertido, alegre, flexível, entre outras exigências.
A experiência pode ser um verdadeiro conto de fadas contando com vários benefícios como: acesso livre aos parques, descontos em produtos, interação com personagens. Mas também pode contar com grandes desafios na vida dos funcionários/cast members.
Realização de um sonho
Cerca de 213 mil pessoas trabalham atualmente nos parques da Disney ao redor do mundo. A empresa preza por um ambiente acolhedor, oferecendo experiências únicas e conta com 5 chaves de excelência: Segurança, Cortesia, Show, Eficiência e Inclusão. Assim gerando o desejo de pertencimento.
Rubens Mateus, estudante universitário que fez parte do cast members, conta que conheceu o programa quando estava no ensino médio e que sonhava muito com a Disney. “Sempre assistia vídeos dos parques, e teve um dia que eu entrei no YouTube e apareceu nas sugestões um vídeo com o título: “Trabalhei na Disney”, assisti e comecei a ficar fissurado, queria muito e decidi que faria acontecer”, relembra.
Rubens relata que apareceu oportunidades para ir viajar para a Disney e realizar o sonho dele, mas ele negou e continuou se preparando para o processo seletivo. “Depois que eu descobri o programa, se alguém chegasse para mim e me oferecesse ir para passear eu negaria, não quero mais ir só passear, eu quero trabalhar, e quero fazer parte disso”, revela.
Dificuldades
Os costumes alimentares e os horários de trabalho são diferentes da realidade de muitos brasileiros, o que pode gerar dificuldades de adaptação para os funcionários de diversos países.
Foi o que aconteceu com Rubens, que perdeu sete quilos durante o período do intercâmbio. “Não estava comendo direito, como eu tinha pouco tempo, eu usava o tempo que tinha para visitar os parques. Acabei deixando a alimentação de lado”, declara.
Embora a Disney ofereça oportunidades de crescimento profissional, é importante notar que os salários iniciais podem ser relativamente baixos. Rubens explica que dependendo do setor pode acabar não valendo o preço. “Para quem trabalha com cozinha e mexe com fritura e óleo eu acredito ser pouco pelo risco de queimadura, só não considero injusto pois sempre deixaram bem claro quanto ia ser pago e o trabalho a ser feito”.
Ele explica que “uma das razões pela qual tem pessoas que se decepcionam é porque vende muito a ideia do parque, aí as pessoas confundem trabalho e diversão”.
Larissa Dorl também fez parte do programa e conta que o maior desafio foi os horários de trabalho, “a maior dificuldade foi aguentar o tranco do trabalho, horários completamente aleatórios, 100% do tempo em pé passando frio, calor, tomando chuva. Isso tudo praticamente sete dias por semana. A rotina era bem puxada, foi o mais difícil de lidar com certeza”, explica Larissa.
Rubens conta que se tivesse que ir outra vez não pensaria duas vezes. “O programa é perfeito, e a cultura que é criada dentro dele. Eu sou aquela pessoa que vai falar: se você tem vontade, se planeje e faça acontecer que você não vai se arrepender”, finaliza.
Foto: Rubens Mateus