Participantes também são incentivados a tornar doadores de medula óssea
Rafaela Vitorino
O Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp-EC) realizou a campanha de doação sanguínea. As coletas, que acontecem de forma semestral, são realizadas em parceria com o Hemocentro de Campinas, que leva uma unidade móvel para o Unasp. O público de interesse para as doações são os estudantes e pessoas da comunidade.
A técnica de enfermagem Jéssica Rodrigues, que trabalha na enfermaria do Unasp, esclarece sobre os procedimentos feitos para receber a equipe do Hemocentro. “Fazemos a verificação do local, arranjamos mesas e cadeiras, além de alimento para os doadores”, aponta. Já a assistente social Roberta Santos, responsável pela captação de sangue, explica a importância de existirem postos móveis de coleta. “É uma forma que encontramos de ir até o doador e não ficar esperando que ele venha até nós”, ressalta. Ela também conta como o Hemocentro está envolvido com empresas e universidades. “Nas coletas em universidades conseguimos atingir um público jovem. É nosso objetivo aumentar esse tipo de público”, destaca.
Durante as coletas, as pessoas também são incentivadas a se tornarem doadores de medula óssea. Os interessados são cadastrados como voluntários. Quando houver algum paciente precisando de doações, os dados dos doadores são cruzados. Aquele que tiver compatibilidade será consultado para confirmar a possibilidade de doação. A secretária da enfermaria do Unasp, Annelise Freitas, fala sobre esse tipo de incentivo. “Não é só doação de sangue, as pessoas que fazem inscrição para doação de medula acabam se envolvendo e entendendo o quanto isso é importante”, afirma.
Para se tornar um doador alguns requisitos precisam ser cumpridos. É necessário ter entre 18 e 69 anos, ser saudável, não fumar nas horas próximas que antecedem e procedem a coleta, além de não estar em jejum tendo se alimentado de forma leve. Aqueles que têm entre 16 e 17 anos também podem doar, tendo consentimento formal e presencial dos responsáveis.
A estudante de pedagogia Kerilyn Shalyne é doadora e conta o sentimento de realizar tal ação. “Eu salvo vidas. Doo sangue porque quero realmente sentir que estou salvando vidas”, reflete. Além disso, ela lembra da importância de outros tipos de doações. “É muito importante deixar nossos familiares sabendo que a gente quer doar os órgãos também quando falecermos. É por vidas”, acrescenta.
Os doadores seguem uma série de procedimentos antes e após a coleta. No início é feito o cadastro que se segue de uma pré-triagem. Nela são feitas verificações de pressão arterial, peso, temperatura e um teste de anemia. Uma entrevista também é feita para a proteção do candidato e do paciente. Então, ocorre a coleta e por fim um lanche é oferecido para repor o volume sanguíneo. Além disso, cuidados como descanso e aumento da ingestão de líquidos são recomendados após a doação.
*Foto: https://goo.gl/Zsucwp