Você sabe o que é o movimento “childfree”?

In Geral

Criado no Canadá e EUA, o movimento é um nicho de espaço com o objetivo de rejeitar a presença de crianças com a justificativa de oferecer tranquilidade para os clientes

Kelyse Rodrigues

Alguns locais permitem crianças até certa idade para frequentar o ambiente ou simplesmente não permitem sua permanência no recinto. As justificativas são para que os clientes desse espaço possam ter paz e sossego enquanto estão ali. Os pais então precisam diminuir ou até parar de frequentar certos lugares. A atitude é vista como conveniência ou preconceito por aqueles que têm filhos e passam por situações desse tipo.

O childfree é um movimento criado no Canadá e nos Estados Unidos, é um nicho de espaço com o objetivo de rejeitar a presença de crianças com a justificativa de oferecer tranquilidade para os clientes. A palavra significa “livre de crianças”. Desde de 1980 é usado para reunir adultos que sentiam discriminação por não terem filhos. O movimento vai além do “não querer ter filhos”; defende o slogan “não gosto de crianças”, e vem crescendo nas redes sociais. Algumas pessoas levantam argumentos sobre não precisarem “aguentar crianças mal educadas”, já que muitos pais não impõe limites em seus filhos, e que o estabelecimentos têm todo direito de escolher quem eles irão servir.

Da mesma forma, muitos se pronunciaram a favor das crianças, indagando se todos sempre foram adultos ou não se lembram de como era ser criança. Um ponto muito sério, também citado, é se seria aceitável que os lugares proibirem a entrada de pessoas velhas, gordas, feias etc. Mirian Rocha, mãe de dois meninos, um de 7 e um de 3 anos, conta que deixou de ir a um evento por causa dos pequenos.  “Ia participar de uma festa e não era recomendado a entrada de crianças. Ao invés de ficar sem elas, resolvi não participar do evento”, revela.

Lugares privados devem comunicar a seus clientes de maneira respeitosa e sem constrangimento o fato de não permitirem crianças no ambiente, mesmo que isso possa trazer chateação ao cliente, não o constrangerá se dito de maneira respeitosa. Assim, esses locais podem atuar com uma maneira de negócio diferente sem que ofenda. Seria uma livre iniciativa e não um movimento de discriminação.

Dependendo do caso e do ambiente do local é apropriado estabelecer a proibição de crianças no espaço. O especialista em Direito do Consumidor Thiago Cardoso Neves explica como os locais devem agir. “É possível estabelecer essa proibição, desde que de modo justificado, se for um estabelecimento que ofereça programas adultos, de natureza imprópria para crianças. Nesses casos, entendo ser lícita a proibição. Agora, a simples proibição, por não gostar de criança, e sem qualquer justificativa, não me parece válida”, defende.

*Foto: https://goo.gl/8vDzzf

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