Pneumonia está entre as doenças que precisam de um maior cuidado mediante o cenário climático.
Alejandro Silva
O excesso de frio que chega ao Brasil nesta quinta-feira (9) traz preocupações com relação a doenças respiratórias, já que as baixas temperaturas tendem a trazer doenças como pneumonia, rinite e sinusite. De acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada no site DataSUS, 85% das mortes causadas por pneumonias no ano de 2019, último ano com registro no site, são entre idosos acima de 60 anos. A região Sudeste é onde se concentra o maior número de óbitos.
Com a baixa temperatura e o ar mais seco, a população fica mais vulnerável a vírus que circulam pelo ar, causando gripe, sinusite, rinite alérgica e otite. Porém, com o agravamento dessas doenças respiratórias, o quadro pode evoluir, resultando em uma pneumonia.
Apesar de ser associada à velhice, a pneumonia não atinge só idosos. Crianças menores de cinco anos e doentes crônicos, estão entre os grupos vulneráveis. Se não for tratada, essa infecção pode atingir o pulmão, acaba se tornando muito perigosa para o aparelho respiratório e para o resto do organismo.
A auxiliar de cozinha, Denize Glória, conta a experiência que viveu com seu filho de 5 anos. “No início do inverno ele começou com uma gripe muito forte, muita febre e percebi que não se tratava de um simples resfriado, foi quando eu o levei no médico e ele foi diagnosticado com pneumonia, então começamos o tratamento”, declara a mãe.
Causas e recomendações
A pneumologista e pediatra Karla Simas faz alguns alertas sobre as complicações da pneumonia. “Uma pneumonia grave pode impedir que o oxigênio chegue até as correntes sanguíneas, causando falta de ar, tornando o paciente cansado e acarretando perdas na qualidade de vida”, explica. Ela acrescenta que em casos raros a pneumonia lesiona os pulmões, ou parte dele, de maneira irreversível.
O inverno no Brasil começa em 21 de junho e vai até o dia 22 de setembro. Algumas recomendações do Ministério da Saúde para esta época são: higienização das mãos, evitar ambientes fechados e pouco ventilados, beber bastante água, alimentar-se de forma saudável, praticar atividade física, entre outros.
