Situação política do Equador gera instabilidade e dúvidas

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A decisão do presidente em dissolver o parlamento divide opiniões dos cidadão sobre a política do Equador

Maria Fernanda da Cruz

O presidente do Equador Guillermo Lasso dissolveu a Assembleia Nacional por meio da cláusula “Muerte Cruzada”, na última quarta-feira(17). O decreto foi aceito no dia 18 de maio após sua tentativa de desprezar as reivindicações anteriores da assembleia. Esse momento da política do Equador traz diversos questionamentos sobre a situação do país e o que acontecerá no futuro.

Incerteza econômica

No caso econômico, as previsões são claras porque a falta de segurança registra-se nos problemas nacionais, mas também a nível internacional, sendo este último o que causa maiores prejuízos à economia do país. Isso acontece porque aumenta o risco do país, assusta investidores, impede pagamentos, entre outros.

Por exemplo, até que ninguém saiba quem é o novo presidente do Equador, não se vislumbram novos investimentos em um futuro próximo, diz Álvaro Marchante, diretor de relações públicas da Atrevia na região andina. “As inversões obviamente aguardam o novo governo”, explica.

A inversão e os pagamentos não se limitaram a erguer uma cruz de morte. Mais bem, ele encontrou complicações desde o início do processo de demissão contra Guillermo Lasso, que começou dias antes da dissolução da assembleia.

A percepção do Equador no mercado internacional se reflete no indicador de risco do país. Quanto maior a pontuação, mais vulnerável fica o país à inadimplência de seus devedores, o que é conhecido como default.

Esta é uma estratégia de Lasso?

Esse é apenas um dos lados da história. A decisão de enfrentar o tribunal é como uma carta na manga para Lasso por corrupção.  “Nunca antes havia acontecido um evento como este ou pelo menos não há registro de tal evento. Isso é uma completa “loucura”, o mais provável é que tenha sido uma estratégia de Lasso para não ser deposto porque já tem bastantes votos contra”, comenta Jefferson Comba, cidadão equatoriano. 

Os meios de comunicação falam que o presidente Lasso já tinha pensado em fazer esta jogada, já que ele mesmo afirmou antes do julgamento ter pensado fazer uso do decreto “Muerte cruzada”.

Reeleição de Lasso 

Enquanto as outras incógnitas, o presidente Guillermo Lasso informou por meio de uma entrevista para o Washington Post “que não pretende se candidatar novamente nas próximas votações, adicionando que não importa quem o substitua, ele também explicou que seu plano não é ser contra outros políticos”, fazendo referência ao seu adversário político Rafael Corrêa, ex-presidente equatoriano e um grande líder influente no país.

Uma boa solução?

A medida do presidente teve aceitação de um lado da população. “Apoio o decreto da “morte cruzada”, pois é hora de uma mudança e de um mandato melhor para ambas as partes”, reflete Ernesto Salcedo, cidadão equatoriano.

Mas as coisas não param por aí. As pessoas também criticam a decisão do executivo, pois a Conferência das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) se pronunciou pelas redes sociais antes da decisão do presidente Guillermo Lasso.

“Diante da grave situação política do país e de um cenário de ditadura, vamos avaliar coletivamente se vamos sair para protestar”, mostrando assim seu descontentamento pela atitude do presidente equatoriano

O que vai acontecer nos próximos dias

Com todo esse imbróglio, o que vai acontecer com o Equador? Após a publicação do decreto executivo no prazo de 7 dias, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador se reunirá para encerrar as eleições legislativas e presidenciais. Depois disso, será dado um prazo para a realização das votações. O CNE terá 7 dias para proceder à revisão e contagem dos votos e proclamar os resultados.

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