Por que correr virou febre?

In Esportes, Geral, Saúde

Entenda a influência do exercício físico na saúde mental e como as redes sociais se tornaram palco para o esporte.

Luiza Strapassan

Rafaela Alvim começou a correr com o intuito de se desafiar a vencer um esporte que sempre odiou. No início de 2023, deu largada em uma jornada que não imaginaria se tornar um hábito – a corrida. Com o tempo, os trajetos mais curtos se tornaram longos e o tempo para completar cada quilômetro foi diminuindo. Desde então, ela começou a enxergar a corrida como um esporte de verdade, para além do óbvio. 

É de senso comum que a corrida traz benefícios para a saúde, como a melhora no sistema cardiovascular, fortalecimento dos músculos e aumento da resistência. Mas, além dos proveitos físicos proporcionados pela modalidade incluída no atletismo, o esporte também oferece vantagens para a saúde mental de quem o pratica. 

De acordo com a Unimed, ao correr, o corpo libera toxinas, como a dopamina, responsáveis por passar a sensação de alegria, prazer e relaxamento. Esses neurotransmissores diminuem o estresse e são grandes colaboradores na luta contra a depressão e ansiedade. Dito isso, a corrida se torna aliada na melhora física e emocional. 

Redes sociais 

Mas, mesmo a corrida sendo um movimento presente desde a pré-história na vida dos seres-humanos, por que só se tornou realmente conhecida e almejada a pouco tempo? A partir de meados de 2022, quando teve seu “boom” nas redes sociais, a corrida passou a ser uma meta para muitas pessoas, sendo o esporte mais praticado de 2024 de acordo com o Relatório Anual sobre Tendências de Esportes do Strava.

“Eu comecei a assistir vários vídeos sobre como correr melhor, como respirar, como correr um quilômetro sem parar”, afirma Rafaela. A busca por um esporte que fosse além das necessidades físicas foi seu incentivo.

Ainda no mesmo relatório foi possível notar um crescimento global de 59% nos clubes de corrida. No Brasil, cerca de 19 milhões de pessoas são corredores, representando o segundo país com mais atletas no ranking. 

Para Daniella Santos, publicitária e social media, as redes sociais possibilitaram a criação de comunidades de diversos nichos. Com esse mecanismo, é possível acompanhar cada vez mais de perto a vida e o conteúdo produzido pelos influencers. “A partir do momento que um influenciador que a gente gosta muito começa a praticar um esporte, eles compartilham isso no dia a dia deles nas redes sociais, e o simples fato de a gente estar sempre acompanhando e vendo faz com que isso chame a nossa atenção”, explica. 

Além disso, a sensação de proximidade com os criadores de conteúdo e a interação com outros membros torna os seguidores mais tendenciosos a repetirem o que está sendo produzido. “Várias pessoas vão entrar nisso, porque você está numa comunidade e se sentir apoiado por outras pessoas ajuda bastante”, acrescenta.

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