E-commerce cresce 150% nos últimos cinco anos

In Economia, Geral

Entenda como o e-commerce cresceu exponencialmente em 12 anos a ponto de se sagrar o principal líder de vendas.

Pedro Nogueira

O setor do mercado digital cresceu 150% nos últimos cinco anos, de acordo com dados da Receita Federal. Desse modo, ele assumiu a primeira posição de comércio entre os consumidores. De acordo com informações do portal E-Commerce Brasil, o modelo de venda online cresceu 20% em 2022, se comparado a 2021. O total de transações chegou a R$187 bilhões, contra R$155 bilhões do ano anterior.

O dropshipping, metodologia em que o vendedor trabalha com o estoque do fornecedor sem precisar ter o produto em estoque, também tem crescido dia após dia. A pesquisa ainda aponta que esse mercado cresceu cerca de 27% no mesmo período. Contudo, junto com o crescimento vem também as dificuldades que o empreendedor encontra na hora de importar seu produto. 

Maycon Ferreira é proprietário do site e loja Chuteira Store e tem enfrentado dificuldades no processo de importação dos produtos. “Quando comecei era baixa a chance de algum produto ser taxado, entretanto, vez ou outra ocorria. Mas com a grande quantidade de importados chegando ao Brasil, começou a aumentar o número de produtos taxados, algo que acaba prejudicando, pois em alguns casos os valores são elevados”, relata.

Outro problema comum é a quantidade de cancelamentos, por conta da demora na logística de entrega, o que também acaba gerando custos que não eram considerados, relata o empresário.

Os marketplaces

Seguindo a dinâmica de vendas online internacionais, Shopee, Shein e Mercado Livre são os mercados que mais se destacam no Brasil. Porém, outras plataformas também operam com vendas para o exterior, como é o caso da chinesa Alibaba, situada na cidade de Hangzhou, na República Popular Da China. Conheça mais sobre as principais opções para os brasileiros!

Mercado Livre

De todas as plataformas apresentadas, o Mercado Livre segue como sendo o pioneiro quando se fala em vendas online. Iniciado em 1999 em Buenos Aires, Argentina, residente em 18 países e dominando a América latina, o site veio com o intuito de abrir novas portas para vendedores e compradores, diminuir a desigualdade e eliminar barreiras e rejeições que eram repassadas ao público.

No segundo semestre de 2022, a empresa bateu seu recorde em receita líquida atingindo a casa dos 3 bilhões de dólares e crescimento em 40%

Por mais que apenas nos últimos 10 anos esse formato de venda tenha tomado força de mercado, podemos ver que desde lá atrás esse modelo de negócio tem dado certo, é o que conta Anderson Basana, hoje responsável pela parte de vendas da empresa Casa Home Decor. 

Anderson está no mercado desde 2006, quando ainda dirigia a empresa Seu Enxoval, também voltada para a área de artigos para casa e decoração. “Por conta de tudo estar no começo e ainda eram poucas as pessoas com acesso a internet, um dos maiores desafios que enfrentamos era como passar a confiança necessária para que o cliente fechar uma venda, além de que também o sistema logístico não era capacitado igual a hoje, mesmo que ainda apresente falhas”, explica o empresário sobre seus desafios.

Shopee

Ao contrário do que muitos pensam, a Shopee não é uma empresa chinesa, mas pertencente à Ásia, precisamente no Sudeste. Fundada em 2015, em Singapura, a empresa pertence ao grupo Sea Group. Com o intuito de conectar vendedores e compradores, na hora de vender e comprar a empresa abriu portas para muitas pessoas que passaram a viver da renda do site. É o caso do empresário Caio Nogueira, sócio proprietário da empresa Enxovais Docelar. 

“Começamos em 2020 a atuar no modo de e-commerce exclusivamente com a Shopee. De início a plataforma apresentava alguns problemas, pois, por ainda estar se adaptando ao mercado local não proporcionava para nós vendedores algumas ferramentas básicas. Um dos problemas gravíssimos que nos atingiu foi a mudança na tabela de preço sem qualquer aviso ao comerciante”, conta sobre sua experiência.

Shein

Muito conhecida pelo público feminino, a empresa com fundação chinesa e sede em Singapura, iniciou suas atividades em 2008, com principal movimento em vendas de vestidos para noivas. Com o passar do tempo, e a escala muito rápida de vendas, foi então aberta uma área para comercialização de todo tipo de roupa feminina. Hoje a empresa tem rota comercial com vários países do mundo, cada dia mais abrindo as portas para novidades.

No ano de 2022, a empresa fechou seu faturamento anual na casa dos R$8 bilhões, um aumento de 300% se comparado ao fechamento de 2021 da empresa. Com tanto crescimento e investimento na área, problemas crônicos como demora na entrega e complexidade na hora de pagar ainda são aspectos que atrapalham o consumidor.

Mesmo que o público alvo da empresa tenha gostado da maneira de abordagem da empresa, ainda há muitos questionamentos quanto a demora no transporte e também a qualidade de alguns produtos. Helloyse Lara, estudante de Psicologia e cliente teve algumas dificuldades em suas compras. “Por mais que tudo que foi comprado chegou como planejado, algumas peças não são de boa qualidade, porém, se relacionado ao preço comercializado ainda sim acaba levando uma ligeira vantagem”. Ainda acrescenta que “todos os produtos chegaram em 15 dias, logística rápida se comparada a outras plataformas como Shopee e Aliexpress”, avalia a cliente.

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