Apesar do grande número de imigrantes no Brasil, preconceito ainda é presente
Juliete Caetano
De acordo com o último levantamento de dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil reconheceu um total de 21.515 refugiados de todo o mundo. Os casos de xenofobia são um exemplo da falta de compaixão com grupos étnicos diferentes. Os asiáticos são os mais afetados com os crimes de nacionalidade, principalmente pelo coronavírus ter surgido na China e se alastrado pelo mundo inteiro.
Michelle Alves, professora de história, comenta o quanto que a intolerância está cada vez mais instaurada, principalmente na internet “vejo o quanto a sociedade rotula as pessoas pelo seu modo de falar. Quando somos bem-informados, mais tolerantes e temos noção dos nossos direitos e deveres seremos mais atuantes em defesa dos nossos direitos e dos outros”, explica.
Graciano Tomás é angolano e mora no Brasil há 5 anos. Durante seu período no país, ele sofreu alguns episódios de xenofobia e expõe o quanto os acontecimentos são degradantes “me senti excluído, senti que me trataram com inferioridade mesmo estando em uma mesma posição. Para mim aquela atitude foi regressiva”, desabafa.
Em discurso no início da pandemia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo aos canais de comunicação e às autoridades para que manifestações de ódio, especialmente xenofobia, fossem condenadas e extintas. Ele também propõe que líderes políticos mostrem solidariedade para grupos e comunidades distintas a fim de reforçar a coesão social.