Se tem uma coisa que só uma mulher pode descrever é a sensação do parto
Kelyse Rodrigues
As mulheres são meigas, corajosas, lutam por direitos, são “duras na queda”, são capazes de convencer as pessoas, conseguem mover o mundo. Mas uma coisa que só ela é capaz de sentir é a sensação de dar à luz e multiplicar a vida. Muitas descrevem que apesar de sentirem forte dor ou precisar ficar de repouso após o parto, se sentem realizadas por serem capazes de dar vida a um ser, como descreve a mamãe Thais Morais. “É o momento que você conhece o amor mais puro e sincero da sua vida”, declara. O parto envolve muitas características fascinantes, mas no passado era palco de grandes desafios. Confira alguns dos tipos de parto e as dificuldades envolvidas.
Caseiro
O parto antigamente era feito em casa. Sim, na própria casa! A grávida era auxiliada por outras mulheres. Tinha a parteira que acompanhava a grávida para que o nascimento do bebê ocorresse corretamente. Todos os partos eram feitos de maneira natural e, até hoje, é o mais recomendável, como explica a enfermeira obstetra Thais Carrijo. “O parto normal é o mais indicado, pois é o mais saudável tanto para a mãe quanto para o bebê”, aponta.
Cadeira Obstétrica
Esse era um instrumento utilizado na hora do parto e pode ser considerado um dos instrumentos mais antigos. Existem registros de sociedades antigas que o utilizavam, como no Egito, onde existem registros nos papiros médicos; na Europa foi utilizado até o fim do séc. XIX. Essa cadeira tinha vários tipos de modelos que podiam variar conforme a condição social. Como os partos eram nas residências, as famílias tinham sua própria cadeira.
Fórceps
Como os partos antigamente eram todos caseiros e realizados de maneira natural, muitas vezes existiam complicações nos partos, e não existiam aparelhos que pudessem auxiliar a mulher no trabalho de parto. Até que no final do séc. XVI foi criado por Peter Chamberlen o fórceps. O objetivo era auxiliar a retirada da criança do útero da mãe, muitas vezes em casos sérios onde a mãe pudesse morrer. O aparelho era encaixado na cabeça da criança e então era retirado do útero. Mas o seu uso prejudicava tanto o corpo da mãe quanto o do bebê, que podia ter sua cabeça deformada pelo aparelho “agressivo”. Esse aparelho não é mais de uso comum entre os médicos.
Cesárea
A cesárea só era realizada em mulheres que estavam praticamente mortas – ainda não existia a anestesia –, pois o sofrimento era imenso em realizar um corte na grávida, se não fosse realmente necessário.
Uma curiosidade sobre a cesárea é que muitas pensam que nome vem em homenagem ao nascimento de Júlio César, general e líder da República Romana. Existem fontes que dizem que ele nasceu de parto cesariano, e muitos afirmam que sua mãe permaneceu viva após o parto.
No século XX foi quando os partos realizados de cesárea se tornaram seguros com a criação da anestesia. Isso permitia que o parto fosse realizado com segurança e possibilitava que a mulher continuasse bem após a realização desse parto, que antes era considerado fatal.
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