Sedentários, amantes do salto alto e atletas devem prevenir-se contra a intensa dor no calcanhar
Sara Rabite
A fascite plantar, também conhecida como “esporão”, é a intensa dor no calcanhar. Afeta sedentários, amantes do salto alto e até mesmo atletas sofrem com a inflamação da fáscia. A fáscia plantar é uma das estruturas estáticas mais importantes do pé que promove a sustentação e impedem que o pé “desabe” no apoio sobre o solo.
O ortopedista Maderson Mader explica que fascite plantar nada mais é que a inflamação dessa importante estrutura que acaba por precipitar uma série de queixas dolorosas na região popularmente chamada de “sola do pé”. O médico esclarece que a dor ocorre por microtraumas de repetição na origem da fáscia plantar, localizada na tuberosidade medial do calcâneo (ponto mais doloroso). “Pessoas que têm alterações morfológicas nos pés, como o pé cavo ou pé plano, possuem maior chance de desenvolver a fascite plantar”, explica.
A dona de casa Mildes Santos conta que há cinco anos vem sofrendo muito com a fascite. “Todos os dias a dor é sempre mais intensa quando acordo e vou tocar o pé no chão, tenho que me levantar segurando-me nas coisas”, expõe. Mildes já procurou especialistas e chegou a realizar algumas sessões de fisioterapia, entretanto não deu continuidade ao tratamento pois não sentiu melhora. A dona de casa afirma que alguns calçados intensificam a dor, e a solução adotada para amenizá-la é a massagem com pomadas anti-inflamatórias e medicamentos como relaxantes musculares.
Segundo o ortopedista, alguns fatores colaboram para predispor a pessoa a desenvolver ou criar as intensas dores no calcanhar como a obesidade, uso excessivo do salto alto, atividades que envolvam corridas etc. A reumatologista Ingrid Moss aponta que o tratamento deve incluir a redução ou interrupção temporária das atividades físicas que provocaram o processo e mudanças de hábito como utilização de calçados adequados e/ou palmilhas.
Em casos muito contínuos, o tratamento com infiltrações locais ou até mesmo cirurgias são necessárias. Já em situações mais extremas pode ser necessária a prescrição de remédios para dores, colocação de talas ou tornozeleiras e fisioterapia. A fisioterapeuta Raquel Silvério confirma que o tratamento é eficaz em 90% dos casos de fascite, trazendo alívio e conforto. “A fisioterapia é o tratamento mais indicado e que vem apresentando bons resultados”, recomenda.
*Foto: https://goo.gl/S7V2jv