Não precisa ser de sangue para ser família

In Cultura, Geral

No Dia Nacional da Adoção, conheça a história de Rebeca, a adolescente que encontrou o significado de família em um lar adotivo.

Sara Helane

Desde os primeiros momentos da infância, Rebeka Silva já sabia que era adotada. Nascida e criada em Teresina, capital do Piauí, a adolescente de 13 anos, desde cedo foi comunicada pelos seus pais adotivos, Antônio Silva e Maria Silva, que não era sua filha biológica. Porém, isso nunca interferiu no relacionamento familiar entre eles.

Estudante do 8º ano do Ensino Fundamental, Rebeka tem muitos amigos na escola, como Layane, Ana, Enzo e Manu que estão juntos com ela em todos os momentos. Além disso, ela tem outros tipos de amigos dentro de casa, seus animais de estimação, um cachorro e um jabuti que se chamam Liria e Kinandom.

Rebeka se considera uma pessoa bem alegre. Ela descreve a infância como normal, legal e divertida. Atualmente divide seu tempo entre fazer as tarefas de casa, ir para escola e para o curso de informática, e, quando sobra um tempinho, ela se dedica às suas ocupações preferidas: comer, ler livros de romance, mistério e ficção científica. Além disso, a adolescente também dedica parte do seu tempo a assistir seus filmes e séries favoritos como o filme It – A coisa, a saga de Harry Potter e a série Supernatural.

Relacionamento com os pais

De acordo o pai, Rebeka é uma filha bem carinhosa, obediente, porém, tem a paciência um pouco curta que precisa melhorar, já a mãe enxerga a filha como uma menina meiga e ansiosa que quer sempre tudo com rapidez. Para os pais, Rebeka é a filha que eles esperavam e que preenche um espaço que faltava na família. Segundo Antônio e Maria, a filha é uma dádiva de Deus para o convívio familiar.

Já para Rebeka os pais são bem divertidos e carinhosos, mas às vezes o pai gosta de provocá-la em brincadeiras durante o dia. “Meu pai gosta de ‘caçar conversa comigo’ e fica me irritando, tentando tirar minha paciência, o que às vezes é bem chato”, relata em tom de brincandeira.

Adoção

Rebeka foi adotada assim que nasceu. Apesar de não conhecer sua família biológica, pois seu pai adotivo prefere que ela não tenha contato com eles, Rebeka teve a oportunidade de conhecer seu irmão biológico, e, segundo ela, o dia em falou com ele pela primeira vez, foi o mais feliz da sua vida.

Em 25 de maio é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Adoção e quando Rebeka pensa no ato de adotar, acredita ser algo muito bom, pois, para ela, muitas pessoas querem e precisam de alguém, na fila da adoção, para lhe dar amor assim como ela recebeu de sua família adotiva. Além disso, pensando na pessoa que será adotada, ela fala que será muito bom, pois a adoção permite que a pessoa tenha uma família que lhe proporcione carinho e amor. 

Planos para o futuro

Rebeca pensa bastante em como será seu futuro. O desejo de terminar os estudos para ajudar seus pais, ter uma boa casa com quatro filhos e dar-lhes o amor e carinho que recebe diariamente de sua família, são alguns dos planos que a adolescente faz e pretende realizar quando tiver idade e maturidade necessária para isso. 

Além disso, a estudante deseja, assim que terminar o Ensino Médio, cursar direito e se tornar advogada, pois considera a profissão uma ótima escolha já que tem em mente a vontade de, através da advocacia, ajudar pessoas que precisam e que estejam certas.

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