Pacto Nacional de Superação do Analfabetismo e Qualificação de Jovens e Adultos prevê a criação de 3,3 milhões de novas matrículas na EJA nos próximos quatro anos.
Carlos Daniel
A alfabetização de adultos pode aprimorar a renda e inserção dos alunos no mercado de trabalho. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem se fortalecido como uma ferramenta essencial de suporte para que os alunos consigam acessar as vagas de empregos nos últimos anos.
A modalidade de ensino garante aos estudantes que não concluíram os estudos a oportunidade de obterem o diploma de conclusão do ensino fundamental, com idade mínima de 15 anos para ingressarem, ou médio, idade mínima de 18 anos, e a seguirem o caminho da ocupação formal.
Patricia Moreira, servidora pública, decidiu fazer o EJA pois era um objetivo almejado desde a época que precisou parar os estudos: “depois que terminei [o EJA], abriu mais portas para mim no mercado de trabalho e até consegui negociar salários”. Ela ainda acrescenta o receio na retomada da jornada e a alegria em concluir o ensino médio. “Tive medo no início, mas logo me senti à vontade, pois os professores são atenciosos. Fez muita diferença”, afirma.
Elaine Oliveira, professora, conta que a experiência em lecionar aos alunos do EJA sempre foi única e especial. “Ensinar no EJA me fez olhar para cada pessoa com mais sensibilidade, entendendo suas histórias, seus desafios e suas vitórias”, conta.
Pacto EJA
Segundo pesquisa encomendada pelo Ministério da Educação em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), a alfabetização dos adultos é capaz de aumentar a renda dos alunos em até 16% após a finalização dos estudos. Os resultados da pesquisa foram transmitidos pelo canal do MEC no Youtube durante o Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos no mês de setembro.
Na ocasião, o foco foi abordar sobre o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos que tem como objetivo criar 3,3 milhões de novas matrículas na modalidade de ensino nos próximos quatro anos.
“Tive uma aluna que fez o EJA e depois concluiu o ensino superior em pedagogia. Hoje ela leciona como professora da primeira infância. É um grande orgulho para mim, sua trajetória é um exemplo vivo de que acreditar em si mesmo pode transformar caminhos”, conclui Elaine.
O objetivo do programa é superar os desafios encontrados na formação escolar dos estudantes e prepará-los para o mercado de trabalho, a fim de proporcionar novos caminhos e melhores condições de trabalho. A educação segue sendo a principal ferramenta de transformação de vidas.



