Seleção Costarriquenha perde para a Alemanha, sendo eliminada oficialmente da Copa do Catar 2022.
Cristina Levano
A participação da Costa Rica na Copa do Mundo de 2022 no Catar se encerrou na última quinta-feira (1). O tricolor tentou e, por um período de três minutos, ficou nas oitavas de final, mas a Alemanha soube acertar em momentos-chave e triunfou por 4 a 2.
Os “Ticos” foram os últimos a conquistar uma vaga no Mundial do Catar 2022. Os comandados de Luis Fernando Suárez fecharam as eliminatórias da Concacaf, vencendo seis das últimas sete partidas para garantir o direito à repescagem contra o melhor da Oceania, a Nova Zelândia.
Com gol de Joel Campbell, os “Ticos” venceram por 1 a 0 e garantiram, assim, a terceira participação consecutiva em Mundiais (a primeira vez que chegam a três Mundiais consecutivos). Em 2014, no Brasil, avançaram para as quartas de final (sua melhor posição histórica). Já na Rússia, em 2018, terminaram em 29º e foram eliminados na 1ª rodada. Lamentavelmente para os costarriquenhos, a história se repetiu nesta Copa do Mundo Catar 2022.
Começando com o pé esquerdo
A seleção competiu contra a Espanha na primeira rodada do grupo E. Para a Espanha, foi como um filme fenomenal, candidato ao Oscar e com atores revelação. Para a Costa Rica, como um filme de terror de duas horas, perdendo por 7 a 0.
Os” Rojos” liderados pelo técnico Luis Enrique foram superiores em todos os aspetos desde o primeiro minuto. Depois de desperdiçadas duas claras ocasiões de gol, os gols começaram a sair. Em apenas 11 minutos, Dani Olmo controlou barbaramente na área e disparou antes da saída de Keylor Navas. Por volta dos 21 minutos, após cruzamento rasteiro, Marco Asensio apareceu apenas para cruzar e esticar a diferença no placar e após meia hora de jogo. Jordi Alba foi derrubado dentro da área, o árbitro cobrou pênalti e Ferrán Torres marcou.
Quando parecia que tudo acabava assim, os homens de Luis Enrique tinham mais. No tempo servido, Carlos Soler aproveitou um rebote para quebrar o gol de Navar e o sexto e, em desconto, Álvaro Morata completou uma boa jogada coletiva e colocou os números finais no jogo. Foi uma final de 7 a 0 para a Espanha, que ficou como líder do Grupo E pelo saldo de gols (+7) sobre o Japão (+1), que deu o golpe e venceu a Alemanha, que fecha o grupo junto com a Costa Rica.
Uma nova esperança
Mas, quando tudo estava escuro, apareceu o caráter e a paixão que caracterizam os Ticos, que venceram o Japão por 1 a 0, conquistando seus primeiros 3 pontos no Mundial e se envolveram a fundo na luta do grupo.
A atitude e a mentalidade tinham que mudar e os jogadores e comissão técnica sabiam disso, mas o técnico Luis Fernando Suárez também fez suas jogadas; portanto, a abordagem tática mudou para uma linha de cinco em segundo plano, fazendo com que a seleção nacional parecesse mais aplicada na marca. Os japoneses ganharam confiança na reta inicial, mas logo os Ticos diminuíram o jogo sendo mais tático e fechado.
Os japoneses fizeram suas primeiras mudanças. Isso deu a eles um certo ar de motivação para ir para a frente. Tanto que Keylor Navas se destacou com uma defesa para o bom chute do jogador Morita.
A Costa Rica se aproximou com uma jogada de bola parada. Puxe na área contra Kendall Waston que o árbitro Michael Oliver não viu como pênalti. Mas não importava, o Tricolor ganhava novos ares.Um diligente Yeltsin Tejeda astutamente roubou a bola e serviu para Keysher Fuller, que finalizou em grande estilo, fazendo o gol e despertando mais uma esperança para os costarriquenhos.
Alemanha, a despedida dos “Ticos”
A Costa Rica saiu com um 5-4-1: Navas, Fuller, Duarte, Waston, Vargas, Oviedo, Aguilera, Tejeda, Borges, Campbell e Venegas. O treinador Luis Fernando Suárez fez três alterações, uma devido à ausência de Francisco Calvo por acumulação de cartões amarelos, Torres e Contreras foram as outras ausentes por decisão técnica.
Aos 10 minutos, a Alemanha cravou 1-0, e com o bloco defensivo tão baixo da tricolor, Goretzka entrou como um segundo, algo que dificultou muito aos costarriquenhos. Nos primeiros 15 minutos, a Alemanha teve cinco chutes a gol em questão de um primeiro quarto.
Após o início tímido, Costa Rica ficou mais à vontade em quadra, avançando um pouco mais na linha e com posições de bola mais longas. Venegas foi para o flanco esquerdo, Aguilera para o direito e Campbell como o último homem na ponta. A seleção tentou atacar, mas parecia que não tinha os jogadores certos, Aguilera e Campbell muito isolados, Venegas passou despercebido e os laterais subiram, mas faltou uma referência na área.
No minuto 58, a “SELE” fez uma grande jogada coletiva, Campbell deu para Fuller e Kendall Waston, com fome de vitória, subiu com tudo, cabeceou e no rebote de Neuer, Tejeda segurou a bola e simplesmente empurrou para fazer o 1 a 1 que fez um país inteiro sonhar. Mas, por mais que tentaram, aos 84 minutos um descuido defensivo de Salas foi aproveitado por Kai Havertz e fez o 3 a 2, que parecia lapidar para a esperança dos costarriquenhos. Então, aos 90 minutos, outro placar alemão caiu, obra de Fullkrug para o 4-2 final.
A seleção costarriquenha deixou a sensação de que poderia competir melhor, principalmente naquele jogo contra a Espanha, o 7 a 0 e no final foi a chave para a eliminação, já que devido aos períodos da partida contra a Alemanha foi possível aumentar diferente no caso de ter um melhor saldo de gols. Pode-se chamar de fracasso pela sensação de que era possível competir ainda mais e por aquele primeiro jogo destrutivo, mas também tendo em conta o grupo que lhe correspondia, não foi tão trágico.