Leucemia é o câncer mais frequente em crianças e adolescentes no Brasil 

In Geral, Saúde

11.000 casos são previstos a cada ano do triênio de 2023 a 2025. 

Késia Grigoletto 

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) divulgou uma pesquisa que aponta a leucemia como o câncer mais incidente em crianças e adolescentes. Esse fator, o faz integrar a categoria de câncer infantojuvenil.

Segundo a Abrale, a porcentagem de cura de Leucemia em crianças e adolescentes, corresponde a 90%. Em adultos com até 60 anos, o percentual de chances de cura equivale a 50%. 

O que é leucemia ? 

Segundo a oncopediatra Débora Garcia Gasperini, médica do departamento de pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, a leucemia pode ser definida como um câncer no sangue que atinge mais especificamente os glóbulos brancos. Isso ocorre devido a modificações nas células precursoras de origem linfóide ou mielóide na medula óssea. 

“Sendo assim, os tipos de leucemias mais comuns em crianças e adolescentes, são a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e a Leucemia Mielóide Aguda (LMA), além dessas, existe uma menos comum que é a Leucemia Mielóide Crônica (LMC)”, diz a médica.

Sintomas

Shirley Dias relembra do período que sua filha Mariana tinha quase dois anos de vida, quando ela e seu marido descobriram que a bebê tinha leucemia. “Ela ficou apenas um dia sem se alimentar, pois, quando ela colocava, no caso, uma mamadeira ou qualquer alimento na boca, ela tirava. Eu imaginava que fosse uma inflamação da garganta”, explica.

“Aí nós a levamos ao médico, e quando a médica apalpou o pescoço no exame clínico, já desconfiou por causa dos linfonodos na garganta. Em seguida, pediu todos os exames necessários e constou blasto no exame de sangue, no final daquela tarde, a doutora me chamou e falou que era o sinal vermelho para leucemia”, conclui Shirley. 

Segundo a oncopediatra Manuella Segredo, os sintomas e sinais mais comuns são decorrentes da infiltração das células ruins, que afetam a fabricação sanguínea. “Os principais são anemia, que é o que faz a criança ficar mais pálida, infecções, sangramentos, crescimento da barriga por conta do aumento do baste do fígado, aumento dos gânglios, ínguas pelo corpo, perda de peso, febre, dor óssea e nas articulações”, exemplifica.

A médica explica que o tratamento da doença atualmente é bem consolidado. Com quimioterápico, dura mais ou menos uns dois anos e tem um prognóstico muito bom. “Aqui no Brasil, a gente tem um protocolo renomado de terapia, que se chama GBTLI, no qual a gente estratifica as crianças, aquelas que têm menos risco de recaída para fazerem menos quimioterapia e aquelas crianças com mais risco de recaída, para fazerem mais”, explica.

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