Segundo a plataforma Google Trends o aumento na procura por informações sobre o intercâmbio cresceu nos últimos trinta dias.
Amanda Talita
Segundo pesquisas feitas pelo Google Trends, neste mês de março a busca pelo termo intercâmbio estudantil cresceu 90% desde o último aumento em fevereiro. Os estudantes têm procurado saber mais informações e saber como é realizado esse programa.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio, realizada com mais de 5.000 estudantes e agências, revelou que as mulheres representam 60% do público que procura por essa experiência. Esses números representam tanto o intercâmbio cultural, quanto o educacional.
Outro valor relevante para o crescimento da indústria veio das agências. Aproximadamente 73% relataram um aumento na comercialização de produtos de intercâmbio.
Origem do Intercâmbio
No dicionário, intercâmbio significa troca, permuta, comércio ou relações culturais entre as nações. Na educação, os intercâmbios ocorrem quando os alunos passam de seis meses a um ano morando em outro país.
Intercâmbio cultural, nada mais é, do que, como a própria palavra sugere, uma troca, neste caso, uma troca de culturas. Quem faz o intercâmbio, isto é, a pessoa que vai para outro país para fazer intercâmbio, é chamada de intercambista.
A ideia é que a pessoa, como intercambista, vá para este novo país e esteja aberto a viver como um nativo, alguém que more naquele país. É preciso que você entre na rotina deles, conheça os hábitos diários, use o transporte público, aprenda o idioma e até a cultura do local.
“Em 2010, tivemos um projeto de intercâmbio aqui no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), buscamos parcerias com Escolas Adventistas na Europa e fomos a ponte entre as instituições e os alunos. Indicamos os estudantes e explicamos as informações das devidas faculdades. Porém, só começamos a enviar os alunos em 2012. O primeiro destino foi Newbold College of Higher Education, na Inglaterra”, relatou Ariadne Quint, pedagoga e coordenadora do Instituto de Línguas do UNASP.
Aprendendo o idioma
Dados do instituto cultural do Conselho Britânico indicam que apenas 5% da população brasileira consegue se comunicar em inglês, entre eles, apenas 1% é realmente fluente. Com isso, o Brasil ocupa o 41º lugar no ranking de 70 países.
De acordo com Ariadne, o processo de aprendizagem acontece da seguinte forma: o aluno faz um teste de nivelamento e em seguida entra na classe com outras pessoas que tenham o mesmo nível que eles. “Os professores são nativos e não falam português, o que auxilia na ideia deles aprenderem a se virar”, continuou.
Para Larissa Ketley, arquiteta e intercambista em 2015, coisas simples eram confundidas e a ilusão do inglês que se aprende no Brasil é posto à prova quando chegam ao destino. “O primeiro mês foi o mais difícil, minha cabeça doía o tempo todo ouvindo outra língua”, disse.
Benefícios adquiridos
Segundo Ariadne, a intenção do Instituto de Línguas é oferecer para os jovens a oportunidade de terem novas experiências e aprendizados. Facilidade nos valores, no processo de matrícula, trazendo informações e o visto estudantil. Trazendo segurança aos pais e estudantes que estão pensando em tornar essa experiência possível.
Formada em 2020 em Arquitetura e Urbanismo, Larissa Ketley afirma que através do seu intercâmbio tornou-se fluente em inglês. “Aumentou minhas possibilidades, mas não só no currículo como também na vida. Hoje posso pensar em fazer especializações fora do país sem precisar me preocupar ou depender de dicionário.”