Jogos digitais auxiliam no aprendizado escolar infantil

In Ciência e Tecnologia, Educação, Geral

Professores utilizam jogos digitais dentro da sala de aula para potencializar o ensino.

Sara Helane

Uma pesquisa feita para o artigo Mídias e Jogos Digitais na Infância: Consumo, Usos e Mediações de 2022, mostrou que 48,28% das crianças brasileiras acessam de 1 a 2 horas por dia de jogos digitais e 17,24% delas acessam mais que 8 horas. Com essa realidade, muitos professores têm utilizado jogos digitais para auxiliar no ensino e potencializar o aprendizado.

Na sala de aula

O professor de Geografia Leandro Ferreira conta que, como educador, enxerga que alguns métodos de ensino devem ser aprimorados para a obtenção de um melhor aprendizado dos estudantes. “O ideal seria utilizar histórias em quadrinhos, games, apps, livros, desenhos animados, trabalhos em grupo, pesquisa escolar, música, filmes, documentários, teatro, realidade aumentada, realidade virtual, entre outras ferramentas para educação que fazem parte da realidade dos alunos”, acredita.

Ferreira utiliza diversos tipos de jogos em suas aulas como: o Show do Milhão, Soletrando, Pokémon Go, Ninja da matemática, Just Dance, e outros de autoria própria (Sai Zika, Show do Rio Pretão, Disque Saevinho, Tupi, Mateca Rangers, African Board Games). 

Ainda segundo Ferreira, os jogos são importantes na educação já que despertam o interesse, a imaginação e criatividade do jogador, desafiando a vencer obstáculos, seja através de habilidades de coordenação motora, raciocínio lógico ou análise de problemas. Mas o professor ressalta que ainda há poucos jogos realmente educativos para serem utilizados em sala de aula e que por isso resolveu desenvolver jogos.

Visão dos pais

A doméstica Maria Raimunda é mãe de sete filhos e relata que tem um certo receio com o uso dos jogos digitais na educação. “Então, acho que depende se esses jogos vão ajudá-los melhor nas matérias escolares, se isso vai abrir a mente deles e se vai ser uma forma mais divertida de aprendizado para eles”, conta. 

O receio de Maria surge quando ela pensa na possibilidade das crianças passarem o tempo todo apenas com esses jogos. “Tenho um pouco de medo, pois as crianças podem querer só o jogo e esquecerem de como é falar com o coleguinha ou de como é brincadeira de criança”, acrescenta. 

Desempenho dos alunos

Para a neuropsicóloga Adriana Reis fica evidente que a tecnologia já faz parte da realidade da maioria das pessoas e modifica as relações interpessoais dos indivíduos. “O uso dos jogos dentro da sala de aula pode ajudar sim no desempenho cognitivo dos estudantes, pois, por serem ferramentas lúdicas, estimulam o aprendizado ao auxiliarem na compreensão das regras dos jogos, criação de objetivos, além do estímulo à concentração, desenvolvimento do raciocínio lógico e do senso crítico. Isso ajuda na criação da autonomia dos alunos que aprendem a tomar decisões”, enfatiza;

Apesar disso, Adriana ressalta a importância de se tomar cuidados com o uso dessas ferramentas pelos pequenos. “A escola tem um papel essencial na educação digital das nossas crianças, mas é claro que precisamos tomar cuidado em quanto tempo essa criança estará com esse recurso tecnológico, nos conceitos apresentados e na alta emissão de luz dos dispositivos que pode até gerar ansiedade”, destaca.

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