Cid Moreira morre aos 97 anos

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O jornalista, locutor e apresentador estava internado por pneumonia.

Gabrielle Ramos

Cid Moreira, renomado jornalista que apresentou o Jornal Nacional mais de 8 mil vezes, faleceu hoje aos 97 anos. Ele estava internado há algumas semanas no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde tratava de uma pneumonia. O falecimento foi confirmado por sua esposa durante o programa Encontro, exibido na manhã de hoje pela TV Globo.

Vida e carreira

O jornalista, locutor e apresentador nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 27 de setembro de 1927. Iniciou sua carreira em 1944, quando passou em um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Em 1949, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Dois anos depois, foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro.

Cid também teve passagens pelo cinema. Atuou no filme Angu de Caroço (1955) e foi narrador em Traficantes do Crime (1958). A partir desse período, teve suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas da TV Rio. Em 1969, iniciou sua trajetória à frente do Jornal Nacional, da Rede Globo, onde permaneceu até 1996. 

Durante esses 27 anos, Cid foi a voz que acompanhou o público em alguns dos eventos mais marcantes da história do Brasil e do mundo, como: eleição do primeiro presidente civil após a Ditadura Militar, impeachment de Fernando Collor, promulgação de nova constituição, guerra do Vietnã, queda do muro de Berlim, chegada do homem à Lua e outros. Ele foi o âncora que esteve mais tempo à frente de um mesmo telejornal.

Em 2001, o locutor gravou a Bíblia em áudio, na íntegra e em linguagem atualizada. A coleção de CDs com sua narração foi um grande sucesso, alcançando cerca de 33 milhões de cópias vendidas. Aos 87 anos, Cid lançou sua autobiografia intitulada Boa Noite, uma referência à frase com a qual encerrava o Jornal Nacional.

A postura séria e sua voz calma tornaram Cid Moreira um ícone do telejornalismo brasileiro. Seu trabalho foi reconhecido e homenageado em diversas ocasiões. Em 2015, ele apresentou um bloco do Jornal Nacional ao lado de Sérgio Chapelin, como parte das comemorações dos 50 anos da Rede Globo.

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